Fotos de extremistas se preparando para atacar a região de Barcelona em agosto de 2017 foram divulgadas na tarde desta segunda-feira (6) em edições online da imprensa da Espanha. Nas imagens, pode-se ver vários membros do grupo enquanto preenchem cilindros com o que parece ser explosivo para depois colá-los em coletes. Em outra, um deles posa sob uma foto da Torre Eiffel. Um sorri enquanto veste um colete-bomba, outros aparecem sentados, fabricando explosivos.
Um dos registro obtidos pela imprensa espanhola mostra Younes Abouyaaqoub, o condutor da van que atropelou uma multidão nas Ramblas de Barcelona naquele 17 de agosto. Ele aparece sorrindo e vestindo um colete-bomba.
De acordo com publicação do jornal "La Razón", um dos primeiros veículos a divulgar a informação, estas imagens estavam em uma câmera contendo fotos e vídeos, recuperada pelos investigadores dos escombros de uma residência em Alcanar, 200 km a sudoeste de Barcelona, onde o grupo fabricava explosivos.
Nesta residência ocorreu uma explosão na véspera do ataque às Ramblas. Dois terroristas morreram e a célula ficou desguarnecida, o que a levou a improvisar outro plano, atropelando todos que estavam pela frente. Horas depois, os jihadistas provocaram novo atropelamento maciço em Cambrils, outra localidade costeira catalã.
No total, 16 pessoas morreram e 120 ficaram feridas. Os atentados foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.
Áudios
O "La Razón" também divulgou transcrições de áudios de diálogos entre os jihadistas, nos quais eles debocham e se vangloriam das vítimas que vão provocar. "Alá nos escolheu entre milhões de homens para fazê-los chorar sangue", afirma um deles no áudio, identificado como Omar Hichamy. "Esta é uma granada de mão improvisada, mas que faz seu trabalho [...] Tudo o que temos trouxe ao meu local de trabalho [...] Isto é, com vosso dinheiro (referindo-se ao seu salário), nos preparamos para matá-los", diz em outro momento.
Oito membros da célula morreram, seis executados pela Polícia e dois, inclusive o imame marroquino Abdelbaki Es Satty, considerado o líder do grupo, na explosão em Alcanar.
Outros dois estão presos provisoriamente, esperando julgamento em Madri, e outros dois suspeitos se encontram em liberdade condicional.