Teresinenses poderão ficar de olho no espaço neste domingo

Uma ação no Dia da Física vai levar os teresinenses para mais perto do espaço a partir de telescópios que serão disponibilizados pela Graviton Scientific Society (GSS)

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Visitantes do Parque da Cidadania, em Teresina, vão poder ver de perto, neste domingo (19), as crateras da Lua, anéis de Saturno, Júpiter e ainda as quatro maiores Luas Galileanas ou Luas de Júpiter, descobertas por Galileu Galilei. E tudo isso será possível através de telescópios que serão disponibilizados por membros da Graviton Scientific Society (GSS). A ação acontece no dia em que comemora-se o Dia da Física e ficará disponível para o público a partir das 17h30h.

Os membros da GSS atenderão as pessoas que quiserem ver e tirar algumas dúvidas ou curiosidades em relação aos fenômenos celestes. O grupo conta com 55 membros, com uma média de 36 físicos, nos níveis de Graduação, Mestrado e Doutorado. O restante dos membros é de diversas áreas, como Medicina, Biologia e Astrobiologia, e estão distribuídos nos diversos Estados do Brasil e alguns no exterior.

Crédito: Raíssa Morais

Edward Montenegro, um dos membros do grupo, é peruano naturalizado brasileiro, com residência em Teresina, há cerca de dez anos. Ele explica que o grupo realiza eventos de divulgação científica, a exemplo da Conexão Cósmica, Semana Mundial do Espaço, e comemorações de datas relevantes para a Ciência, como o Dia da Física, Dia da Astronomia e Darwin Day. O grupo também promove bate-papos sobre descobertas científicas, mesas-redondas, observação de fenômenos astronômicos, como eclipses lunares e solares, trânsito de mercúrio, conjunções planetárias, entre outros.

De acordo com Edward Montenegro, os membros do grupo, distribuídos nos diversos centros de pesquisa do País ou de forma independente, realizam pesquisas na área de ensino (desenvolvimento de metodologias de ensino-aprendizagem na área de Física e Astronomia), área de matrizes energéticas (nuclear e solar), estabilidade de órbitas planetárias e pesquisas teóricas na área de Maglev (comboio de levitação magnética), entre outras.

Crédito: Raíssa Morais

Para disseminar os conhecimentos, as palestras levam informações sobre Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia, Exploração Espacial e Física e muitos outros assuntos. "Vivemos numa sociedade totalmente dependente da tecnologia, que é um produto da Ciência, mas, ao mesmo tempo, poucas pessoas compreendem ou se interessam por conhecer o método científico.

As palestras são realizadas com a intenção de aproximar a Ciência da população em geral, sobretudo dos mais jovens, pois o objetivo é encorajar esse público a seguir carreiras científicas", explica o cientista.

Crédito: Raíssa Morais

Os jovens, de acordo com Edward Montenegro, são conscientizados sobre a importância da Ciência para o desenvolvimento da humanidade. "Mostramos exemplos de como pessoas, através da Ciência, conseguiram ser bem-sucedidas socialmente, intelectualmente e economicamente. E, acima de tudo, de como elas podem contribuir, através da Ciência, para um futuro melhor e para melhorar o atual panorama do país", observa.

Sociedade Científica nasceu em Teresina

O cientista Edward Montenegro relata que o grupo foi criado em Teresina e se expandiu pelo Brasil. De acordo com ele, no começo do ano 2014, um grupo de estudantes de Física do Instituto Federal do Piauí (IFPI), campus Teresina Central e da Universidade Federal do Piauí (UFPI), criou o “Projeto Gráviton“, que tinha como um dos objetivos trabalhar em prol do aperfeiçoamento da Ciência e de aproximar a Ciência da sociedade.

Ele explica que o Projeto Gráviton deu Origem à Graviton Scientific Society (GSS), e em dezembro de 2014, a GSS passou a ser uma associação civil, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, independente, laica e sem caráter político-partidário.

"Nosso principal objetivo é unir pessoas que almejam utilizar a Ciência para promover um futuro melhor para a sociedade como um todo, zelar pela popularização do conhecimento científico, contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade; promover e facilitar a divulgação e a cooperação do conhecimento científico entre os pesquisadores", diz o cientista.

Edward Montenegro espera que o trabalho desenvolvido pela GSS inspire futuras gerações de cientistas e pesquisadores nas diversas áreas, os quais sejam conscientes de que o conhecimento científico deveria ser um direito para todo ser humano. "A Ciência é um empreendimento coletivo, que deveria unir todas as pessoas e instituições na procura por um futuro melhor para nossa civilização", ponderou. (L.M.)

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