Com 386,8 milímetros de chuva registrados em Teresina até esta segunda-feira (17), janeiro de 2022 é o mais chuvoso em 15 anos na capital piauiense. A informação é do climatologista Werton Costa.
Além de ter deixado mais de 500 famílias desabrigadas, o excesso de chuvas em Teresina também tem ocasionado riscos para pedestres e condutores de veículos. O climatologista ressalta que as chuvas intensas devem continuar e ultrapassar com facilidade os 400 milímetros em poucos dias.
“Nós podemos enquadrar os eventos chuvosos ocorridos em Teresina como episódios de severidade. Os três primeiros dias foram os mais intensos. No dia 1º, foram 101,8 milímetros, no segundo dia tivemos 50,1 milímetros e no dia 3 foram 58,6 milímetros registrados”, disse Werton.
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As chuvas expressivas na capital podem ser explicadas pela força que os sistemas atmosféricos estão atuando. Conforme explicou o climatologista ao Meionorte.com, existe uma articulação de fenômenos favorecendo o grande acumulado em Teresina.
“Nós temos mais energia e calor sobre o oceano Atlântico. Aquecido, ele gera quantidades adicionais de um vapor que alimenta as instabilidades, ou seja, as nuvens com potencial de chuvas. Por outro lado, nós temos no oceano Pacífico um fenômeno climático que favorece as regiões Nordeste, a chamada La Niña, o resfriamento das águas do Pacífico”, contou Werton.