A Defesa Civil do Piauí tem intensificado o monitoramento nas áreas de risco da capital, em vista do período de intensas chuvas. Até o momento, foram registrados 46 áreas de riscos, em 25 bairros de Teresina. Com o temporal dos últimos dois dias, apenas uma família ficou desabrigada, na Vila da Paz, mas dados apontam que no último trimestre, 21 casas apresentaram problemas na estrutura física, sendo 13 na Zona Norte, área de maior risco na capital.
De acordo com o major Amorim, da Defesa Civil, apesar dos registros das áreas de risco na capital, não há motivos para alarde, pois os maiores casos de riscos devido a chuvas são de alagamentos e deslizamentos, devido ao fato de pessoas já terem construído suas residências em locais inadequados.
“Até agora registramos 46 áreas de risco em 25 bairros de Teresina. Quando se fala em áreas de risco a tendência é se imaginar algo em estado trágico, mas, na capital, os maiores casos são de áreas sujeitas a alagamento e a prováveis deslizamentos. Isso porque algumas pessoas tendem a construir casas em áreas complexas. Como é o caso de pessoas que moram na beira de uma grota na Vila da Paz e ainda de pessoas que moram em cima de morros desnudos, como em trechos da região do Satélite e ainda do Monte Castelo”, esclarece, o major Amorim.
Para evitar graves acidentes nestas áreas, major Amorim recomenda que caso os moradores percebam que a estrutura de suas residências estejam com rachaduras e com riscos de deslizamento, é importante que estes comuniquem a Defesa Civil e abandone a área.
“O que recomendamos é que os moradores que perceberem que a estrutura de sua residência está comprometida, informe a Defesa Civil e procure tirar o quanto antes os objetos de maiores valores e ainda objetos de menores volumes. Se preocupando, antes de mais nada, com a própria vida e de família”, indica Major Amorim.
Moradores em situação de risco serão encaminhados para a Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e de Assistência Social (Semtcas), responsável por avaliar a questão socioeconômico e realizar o devido encaminhamento das famílias. "As áreas de risco em Teresina estão pulverizadas, mas há a incidência de mais casos na Zona Norte. Todas as pessoas que ficaram sem abrigo estão sendo acolhidas pelo programa Cidade Solidária, que possui duas linhas de atuação: Família Solidária e Residência Solidária. Nossa intenção é evitar que as vítimas vão para abrigos, até mesmo pela questão humana", falou o major João Amorim Neto, chefe da Defesa Civil de Teresina.