Teresina encerrou o ano de 2021 apresentando aumento nos atendimentos por síndrome gripal e redução dos casos confirmados de covid-19. É o que indica a análise da 52ª semana epidemiológica na capital, que compreende o período de 26 de dezembro de 2021 a 1º de janeiro de 2022.
O relatório foi divulgado pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública – COE municipal, vinculado à Fundação Municipal de Saúde (FMS).
Segundo o relatório, entre a 51ª e 52ª semanas, houve um aumento de 76% nos atendimentos de casos de síndromes gripais em Teresina, enquanto a demanda por testes RT-PCR para covid-19 subiu 56%. No entanto, observa-se uma queda na positividade destes testes de 12% para 10%. Neste mesmo período, as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) subiram de 54 para 59, mas observou-se uma queda nos óbitos atribuídos à covid-19 - de seis para apenas um.
Walfrido Salmito, coordenador médico do COE, ressalta que esta tendência tem sido observada desde a 50ª semana epidemiológica, que compreendeu os dias 12 a 18 de dezembro de 2021. “Percebe-se um hiato entre os atendimentos por síndrome gripal e casos confirmados de COVID-19, atendimentos por síndrome gripal e hospitalizações por SRAG e na demanda por testes RT-PCR e sua positividade”, analisa Walfrido Salmito, coordenador médico do COE.
Ainda segundo Salmito, é possível que esta diferença seja um reflexo da situação do vírus H3N2 em Teresina, o que resulta em mais casos de síndromes gripais, porém em menos hospitalizações (proporcionalmente).