A cidade de Teresina poderá ganhar uma usina de processamento de lixo, gerando empregos e produzindo gás e energia elétrica, além de matéria-prima para a construção civil. A proposta foi apresentada em mais uma reunião sobre seletividade, acondicionamento, coleta, tratamento e reciclagem de resíduos sólidos de Teresina. A reunião foi aberta pelo prefeito Elmano Férrer e o projeto da usina foi apresentado pelo professor Paulo Oda, da Universidade de São Paulo (USP).
Essa foi a segunda reunião proposta pelo prefeito Elmano Férrer para que a sociedade organizada colabore com a Prefeitura de Teresina na elaboração do Plano Diretor de Resíduos Sólidos e no estabelecimento de novas estratégias para a gestão dos resíduos sólidos. Entre os participantes da reunião estavam o secretário de Meio Ambiente do Piauí, Dalton Macambira, professores do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), pesquisadores e representantes da Câmara Municipal de Teresina e de outras instituições governamentais e não-governamentais.
O professor Paulo Oda explicou que trata-se de uma tecnologia japonesa que já está sendo utilizada em vários países. Pela proposta, a Prefeitura de Teresina permitiria a instalação de uma unidade da ?Coll Plasma Gasification? com o compromisso de comprar a energia elétrica produzida pela usina. A energia pode ser revendida para grandes indústrias ou complexos comerciais como shoppings.
Além de todo o lixo já acumulado no aterro sanitário de Teresina, a indústria tem a capacidade de processar até 8.000 toneladas de lixo por dia. O projeto permite que a Prefeitura reduza despesas com o aterro sanitário, gere empregos e ainda obtenha receita com a revenda da energia e impostos. Além de energia e gás natural, a usina de processamento do lixo produz metais e matéria-prima de alta resistência para asfalto e para a construção civil.
O prefeito Elmano Férrer lembrou que Teresina está buscando alternativas para o processamento do lixo. Ele manifestou o interesse do Município em analisar a proposta de instalação da usina por se tratar de um projeto que preserva a saúde pública, melhora e protege a qualidade do meio ambiente e ainda reduz os gastos do Município com o aterro sanitário.