A caxumba, uma doença que praticamente não se ouvia mais falar, está de volta em algumas cidades do Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença voltou a assustar os brasileiros por causa da imunização que tem atingido níveis abaixo do índice recomendado, que é de 95%.
Em alguns Estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí e São Paulo, esse percentual de crianças vacinadas não chega a 75%. A vacina contra a caxumba é chamada tríplice viral, a mesma que protege contra sarampo e rubéola.
A caxumba, também conhecida como papeira, é uma infecção viral que afeta as glândulas salivares e é transmitida pela saliva infectada. Entre 2015 e 2016, foram registrados 104 casos em Teresina. E só agora, em 2019, já foram registrados 44 casos suspeitos.
Além do inchaço das glândulas salivares, outros sintomas incluem febre, dor de cabeça. fadiga, perda de apetite e dor ao mastigar.
De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde, da fundação Municipal de Saúde (FMS), Amariles Borba, quem sentir esses sintomas, não deve se automedicar. O mais certo a fazer é procurar um médico e ter repouso de pelo menos nove dias, para não contaminar as outras pessoas.
"Como complicação da caxumba, a pessoa pode ter encefalite, meningite acética (sem pus), pode ter inflamação no pâncreas (pancreatite). Nos homens pode ocorrer inflamação, que é a orquite (inflamação nos testículos), e nas mulheres a ooforite (inflamação no ovário). Essas inflamações todas, tanto nos testículos, quanto no ovário e nas meninges, no cérebro, acontecem como resultado da luta do corpo, para combater essas infecções. O que precisamos fazer é tomar a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, rubéola e a caxumba", explica Amariles Borba.