O Brasil é conhecido por ser um país que recebe bem seus visitantes, com alegria e abraços, os estrangeiros sentem-se acolhidos, mas em Teresina essa receptividade parece ser multiplicada, pois os imigrantes que chegam a nossa terra não escondem o encanto pela nossa gente, nossa cultura, nossa regionalidade e alegria.
“Impressionei-me pelo verde da cidade, era linda, nunca esqueci”, foi a primeira impressão que o português Pedro Maurício Santos teve ao chegar a capital piauiense.
O gerente comercial veio morar em Teresina em 2010, depois de conhecer a sua mulher teresinense, Maíra Rolim, em Fortaleza, quando passava as férias no ano de 2001. Depois que os dois se conheceram, Pedro veio atrás da amada em Teresina, onde a visitava a cada ano, antes da mudança.
Pedro se refere ao teresinense como pessoas muito simpáticas, receptivas e sorridentes. “Eles sempre foram simpáticos comigo, muito agradáveis. Como as pessoas ainda possuem influências da zona rural, elas são muito humildes e isso me agrada. Apesar do forte calor, elas, ainda assim, são agitadas e divertidas”. Conta.
Teresina possui várias peculiaridades que impressionam a cada estrangeiro que nos visita. Para o português, a reação do teresinense ao chover é a marca do nosso povo e o forte calor não o incomoda. “Quando chove as pessoas ficam muito alegres, não as incomoda.
Lá em Portugal, quando começa a chover, as pessoas ficam tristes, pois preferem quando o sol aparece. Eu prefiro o extremo calor ao extremo frio da minha terra, por isso gosto daqui”, explica Pedro.
Apesar de falarmos o mesmo idioma, Pedro sentia dificuldades em entender o nosso regionalismo, mas logo conseguiu uma maneira de nos compreender. Segundo o português, as nossas expressões regionais fazem muito sentindo.
“Sempre que ouço alguma expressão que não entendo, procuro interpretar, no começo fiz assim e deu certo. Por exemplo, a palavra ‘aperriado’, não sabia o que significava, mas pela maneira que vocês falam, dá para saber que estão apressados com algo”, conta.
A maior dificuldade enfrentada pela mexicana Graciela Medina foi o idioma, mas uma das coisas que a marcaram foi o sentimento de estar em casa. “Quando cheguei aqui, todos foram calorosos, sempre fui bem tratada.
Fiz muitos amigos por aqui”, revela. Tamanho foi o amor por Teresina, que ao retornar ao México queria voltar. Quando concluiu o curso de Ciências da Comunicação, voltou para a capital piauiense e hoje está aqui há quase três anos.
Tanto o português Pedro como a mexicana Graciela têm suas preferências da culinária regional. Pedro diz amar nossa cajuína e a carne-de-sol, já a mexicana, ainda tentando se acostumar com as nossas comidas, diz adorar a nossa maria-isabel.
Teresina, com seus 162 anos, conquista a todos, de moradores a turistas, ou mesmo as pessoas que passam por aqui apenas a trabalho. Mas sempre teremos uma recordação, uma lembrança, uma memória que nos remete à nossa quente e calorosa Teresina.