As duas obras de arte furtadas em dezembro do Museu de Arte de S?o Paulo (Masp) e recuperadas na ter?a-feira (8) chegaram ao museu por volta das 10h50 desta quarta-feira (9). As telas de Picasso e de Portinari, avaliadas em R$ 100 milh?es, foram levadas ao museu por homens do Grupo Especial de Resgate (GER), da Pol?cia Civil, e recebidas por autoridades e curiosos com aplausos.
O caminh?o climatizado que transportou os dois quadros deixou a sede da Delegacia de Repress?o a Roubos e Extors?es do Departamento de Investiga?es sobre Crime Organizado (Deic), na Zona Norte de S?o Paulo, por volta das 10h45 desta quarta.
A opera??o, cercada de cuidados para n?o danificar as obras de arte, foi acompanhada pela restauradora e conservadora do Masp Karen Barbosa. Os quadros foram presos ? lateral interna do ve?culo com cintas e uma prote??o de espuma. Um helic?ptero da Pol?cia Civil tamb?m acompanha a opera??o.
A pol?cia preparou um grande esquema de seguran?a para o transporte das pinturas "O lavrador de caf?", de Candido Portinari, e "Retrato de Suzanne Bloch", de Pablo Picasso. Uma empresa especializada em transporte de obras de arte fez o servi?o.
Cerca de 100 policiais do GER acompanharam todo o percurso at? o Masp, na Avenida Paulista. O roteiro do comboio foi definido de madrugada.
De acordo com a restauradora do Masp Karen Barbosa, as obras passar?o por uma an?lise mais detalhada assim que chegarem ao museu com o uso de lentes de aumento. Mas aparentemente, os quadros n?o foram danificados.
O superintendente do Masp, Fernando Pinho, tamb?m foi ? sede do Deic para acompanhar o transporte. De acordo com ele, o museu prepara uma sonelidade que contar? com a presen?a de autoridades para receber os quadros de volta.
O Crime
O furto das telas do Masp ocorreu entre ?s 5h09 e 5h12 da madrugada do dia 20 de dezembro, durante a troca de turno dos vigias. Tr?s ladr?es invadiram o pr?dio, situado na Avenida Paulista, e roubaram as pinturas "O lavrador de caf?", de Candido Portinari, e "Retrato de Suzanne Bloch", de Pablo Picasso.
Avaliadas em US$ 55 milh?es, ou cerca de R$ 100 milh?es, as telas est?o est?o entre as mais importantes e famosas do acervo do museu, mas n?o tinham seguro. As portas de entrada e das salas onde estavam os quadros furtados n?o possu?am alarme.
Imagens gravadas pelo circuito interno de c?meras registraram a a??o dos bandidos. Os criminosos usaram um macaco hidr?ulico para suspender uma porta e um p?-de-cabra para quebrar um vidro. Contados no rel?gio, foram 36 minutos para arrombar a porta principal. Depois, o primeiro ladr?o verifica o local, entra e, em seguida, os dois comparsas o seguem. Eles vestem roupas escuras e sobem juntos as escadas em dire??o ?s obras.
Tr?s minutos depois, o primeiro ladr?o desce. Ele, aparentemente, usa luvas brancas e fica perto da porta principal. O segundo desce com um dos quadros, "O lavrador de caf?, de Portinari. Ele deixa a obra no ch?o e puxa a tela para fora. O terceiro ladr?o desce com o outro quadro na cabe?a. ? a tela de Picasso, que passa pela mesma porta arrombada. Dois minutos e meio depois, os seguran?as aparecem.
Em uma outra tentativa de invas?o ao Masp, ocorrida tr?s dias antes do furto, bandidos usaram um ma?arico. N?o foi registrado boletim de ocorr?ncia. Em outubro, dois homens conseguiram invadir o museu e tentaram chegar ao segundo andar, mas fugiram sem levar nada.
Museu Fechado
O Masp estava fechado desde o dia do furto e deve reabrir nesta sexta-feira. Para melhorar a seguran?a externa do pr?dio, a Pol?cia Militar colocar? uma cabine com funcionamento di?rio das 7h ?s 23h em frente ao Parque Trianon e um carro da pol?cia no espa?o Lina Bo Bardi (v?o livre do Masp) todos os dias das 23h ?s 7h. A medida foi anunciada em nota pelo presidente do museu, Julio Neves, e pelo presidente do Conselho Deliberativo do ?rg?o, Adib Jatene.
Tamb?m ser? colocada, ainda no 1? semestre, uma base fixa de seguran?a