A Google está disposta a inaugurar uma nova geração de tablets baratos, afirmou o CEO da empresa, Larry Page. Após observar o sucesso do Kindle Fire, que é fabricado pela Amazon, a gigante concluiu que há mais espaço no mercado para aparelhos mais em conta do que para postulantes a novo iPad.
Os tablets com Android não são tão populares quanto os smartphones da plataforma, que dominam mais da metade do setor. O iPad, disponível a partir de 400 dólares nos Estados Unidos, se mantém soberano enquanto seus rivais, da Samsung à RIM, lutam para igualar sua qualidade e seu preço.
No entanto, o Kindle Fire, que sai por 200 dólares, conseguiu rapidamente se tornar o segundo tablets mais popular. Com sete polegadas, ele possui uma versão customizada do Android que, de tão alterada, pouco parece com o SO original. Todos os serviços da Google, por exemplo, deram lugar aos da Amazon, como a loja de aplicativos e de conteúdo, em um modelo parecido com a da Apple, mas bem mais barato.
A Amazon vendeu mais de três milhões de unidades do seu aparelho em poucos meses, e a Google, claramente, tem consciência disso. Em resposta a um questionamento, durante reunião em que apresentou os resultados financeiros do trimestre, Page afirmou:
?Alguns tablets de baixo custo que rodam Android, embora não o modelo completo, conseguiram grande sucesso, e acreditamos que esse segmento ainda crescerá muito. É ele, definitivamente, que consideramos importante e em que estamos focados.?
A declaração do CEO reforça a última especulação de que agigante está se esforçando para lançar seu tablet em alguns meses e por um valor que não ultrapasse os 200 dólares. Ele também teria sete polegadas, contaria com Android 4.0 e processador de quatro núcleos, mas só se conectaria à rede Wi-fi.
De acordo com reportagem do portal The Verge, que ouviu fontes próximas à companhia de Mountain View, a Asus é que irá fabricar o tablet e não a Motorola. O valor sugerido seria de 250 dólares e, por isso, a Google adiou seu lançamento, a fim de chegar à meta dos 200 dólares.
Será interessante ver o esforço da empresa para diminuir o preço do produto. A Amazon foi obrigada a cortar recursos e oferecer um dispositivo com só 8GB de armazenamento interno, sem câmeras ou microfone, e com um design que muitos consideraram pouco atraente. Mesmo assim, suspeita-se que ela o esteja vendendo por um valor abaixo do que gasta para produzi-lo, na esperança de reverter o prejuízo com sua plataforma de conteúdo ? aplicativos, músicas, vídeos e livros.