O projeto-piloto do programa “Startup Timon” aconteceu na noite da última sexta-feira, no auditório do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e contou com a apresentação de 9 projetos de diferentes instituições, sendo selecionadas as startups CBI (Culturas Maranhenses Indígenas), ServNow e Escola com Você, que serão desenvolvidas por uma das maiores aceleradoras do país, a Baita. O evento foi elaborado e executado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Timon, em parceria com a Baita Aceleradora e Prefeitura de Campinas (SP). O evento contou ainda com a presença do ex-prefeito do município, Napoleão Guimarães, que parabenizou os organizadores pela iniciativa de desenvolvimento tecnológico de Timon.
O sócio fundador da Baita, Renato Toi, afirmou que o evento através do convênio e do núcleo Softex, foi publicado um edital para seleção das equipes que apresentaram seus projetos, em que foram selecionados as 11 melhores. Um time composto por profissionais de múltiplas áreas julgou e selecionou as três que passarão 90 dias em São Paulo, sendo acompanhadas de perto e depois disso retornarão para continuar o trabalho localmente junto a uma equipe de mentores que vão orientar os novos empreendedores. Não existe um curso específico para desenvolvimento de empresas, mas um conjunto de fatores que proporcionam o sucesso para o negócio.
“O trabalho de aceleração é feito em três pilares: mercado, produto e o modelo de negócio. As equipes selecionadas deverão trabalhar com o processo de aprendizado compartilhado, contarão com orientação de aceleradores. Os critérios utilizados para seleção das startups de hoje foram o impacto social para o município, o beneficio para administração, a capacidade e condição da equipe, a oportunidade em si e a solução. O processo de aceleração é o momento em que o empreendedor vai se desenvolver”, afirmou.
O diretor do núcleo de tecnologia do Sistema de Comunicação Meio Norte, Daniel Guimarães, afirmou que o principal propósito do evento é desenvolver a economia local através da tecnologia com jovens que desenvolvem projetos inovadores. Segundo ele, essa é uma oportunidade para os jovens que possuem todo um potencial empreendedor, mas que não têm conhecimento ou recursos financeiros para montar seu negócio.
“É importante entendermos que esse cenário de crise não existe nesse ambiente, pois o meio tecnológico é uma oportunidade para crescimento em Timon. Nós temos uma empresa de São Paulo vindo aqui localmente buscar novas oportunidades e nossos talentos, então não existe essa ideia que estão querendo vender dentro do espaço do empreendedorismo, principalmente no mundo digital, em que você consegue através de uma ideia, se bem orientando, consegue chegar a se tornar um grande empresário em uma velocidade muito rápida”, declarou.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Victor Hugo Saraiva, disse que o município conseguiu cumprir um grande papel, que é o de disseminar o conhecimento de criação de startups. “A cidade de Timon tem buscado o desenvolvimento, a inclusão produtiva dos seus jovens e nesse sentido a economia de tecnologia não poderia faltar dentro das políticas públicas voltadas para o desenvolvimento econômico. Por isso, esse é um projeto-piloto que nós conseguimos formar uma forte parceria com a melhor aceleradora do país, além de outros parceiros”, avaliou.
Jovens encaram a oportunidade
A equipe formada pelos alunos do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal do Piauí, Arthur Miranda, de 19 anos, Luiz Felipe, 24, e Feliciano Santana, de 17, apresentaram o projeto Brevarium, que é uma plataforma colaborativa de tradutores, ou seja, serve para unificar clientes e alunos que precisam de tradução para trabalhos e outras atividades. O sistema terá uma parte paga e outra gratuita e será completamente digital. Os alunos encararam a oportunidade de poder apresentar seu projeto com grande compromisso e responsabilidade e destacaram o crescimento de eventos como esse a nível local.
“Essa é uma oportunidade promissora e única para podermos resolver um problema. Nossa meta é resolver o problema que identificamos, já que desenvolvemos em cima de um problema que encontramos entre nós mesmos e outros estudantes e poder apresentar nosso projeto aqui na região é muito importante, pois não precisamos mais ir aos grandes centros para buscar investimento na área de tecnologia”, destacou Miranda.
Rafael da Cruz, de 28 anos, formado em Ciência da Computação pela UESPI, apresentou a startup Open Score, que é um produto voltado para o público esportista auxiliando no gerenciamento de campeonatos amadores, tornado mais interativo e melhorando a visibilidade do evento. “O produto vai auxiliar tanto na gestão, como vai melhorar também a disponibilidade dos dados para o público externo através de dispositivos móveis”, esclareceu.