Com pouco mais de três meses de operação, os domínios .xxx, que identificam sites pornográficos, não têm sido usados para o seu objetivo principal. De acordo com o canal argentino La Capital, 61% dos domínios registrados não apresentam conteúdo adulto e são de grandes empresas, meios de comunicação, políticos e celebridades.
Ainda de acordo com o canal e a Dattatec, única empresa autorizada a comercializar domínios .xxx na América Latina, 39% dos sites com conteúdo pornográficos possuem nomes de cidades ou países.
Segundo especialistas, a explicação para o alto índice de registros sem conteúdo pornográfico seria uma estratégia de proteção contra possíveis casos de cybersquatting. São ações feitas por usuários mal-intencionados, que registram domínios usando nomes de marcas conhecidas e celebridades para garantir um elevado número de acessos.
Aprovado em 2011, o domínio .xxx tem como objetivo colocar em um só lugar os sites com conteúdo adulto, facilitando o bloqueio de crianças e dos locais de trabalho a materiais pornográficos. Segundo a Dattatec, 70% dos homens com idades entre 18 a 24 anos acessam sites pornográficos, e 20% o fazem durante o expediente.