"Dezenas de milhões" de pessoas estão utilizando métodos técnicos para acessar o WhatsApp em países onde sua utilização é proibida, afirmou Will Cathcart, diretor da plataforma de mensagens que faz parte do grupo Meta.
"Você ficaria surpreso ao ver quantas pessoas descobriram uma maneira", disse Cathcart à BBC News.
Como muitos aplicativos ocidentais, o WhatsApp é proibido no Irã, na Coreia do Norte e na Síria. No mês passado, a China juntou-se à lista daqueles que proíbem os usuários de acessar a plataforma segura. Outros países, incluindo Catar, Egito, Jordânia e Emirados Árabes Unidos, restringem recursos como chamadas de voz.
A empresa, no entanto, consegue ver onde seus usuários estão, devido aos seus números de telefone registrados. "Temos muitos relatos de pessoas que usam o WhatsApp e o que podemos fazer é olhar para alguns dos países onde estamos bloqueados e ainda ver dezenas de milhões de pessoas se conectando ao WhatsApp", disse Cathcart à BBC News.
A China ordenou que a Apple impedisse que usuários chineses de iPhone baixassem o WhatsApp da loja online em abril, uma medida que Cathcart chama de "lamentável" – embora o país nunca tenha sido um grande mercado para o aplicativo.