Oi, TIM, Vivo e Claro levam os quatro lotes nacional do celular 4G

TIM ofereceu R$ 340 milhões, ágio de 7,9% sobre valor mínimo do lote

Dois primeiros lotes haviam sido arrematados por Vivo e Claro | Reprodução
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Oi e TIM venceram os dois últimos lotes que dão direito a explorar em âmbito nacional a telefonia móvel de quarta geração (4G) no leilão feito nesta terça-feira (12) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A TIM venceu o lote chamado ?V1? com lance de R$ 340 milhões, ágio de 7,9% sobre o valor mínimo exigido pela Anatel, de R$ 315,096 milhões. Já a Oi, com oferta de R$ 330,851 milhões, ágio de 5% sobre o valor mínimo (R$ 315,096 milhões), ficou com o lote chamado ?V2?.

Os dois primeiros lotes nacionais da telefonia 4G já haviam sido arrematados pela Vivo, por R$ 1,05 bilhão, ágio de 66,6% sobre o valor mínimo exigido pela agência, de R$ 630,191 milhões; e pela Claro, com oferta de R$ 844,518 milhões, ágio de 34% sobre o valor mínimo exigido, de R$ 630,191 milhões.

O interesse maior pelo lote vencido pela Vivo justifica-se pelo fato de englobar a subfaixa nacional "X", a última na disputa com largura de banda de 20 MHz, maior do que as demais e, portanto, com maior capacidade operacional. O lote vencido pela Claro também tem capacidade de cobertura superior aos vencidos por TIM e Oi.

Como não houve oferta para a faixa de 450 MHz, destinada à telefonia móvel rural (primeiro lote leiloado), as vencedoras dos quatro lotes que dão direito a prestar serviço da telefonia 4G em âmbito nacional ficam obrigadas a fazer os investimentos também para a telefonia rural.

Além dos lotes nacionais e da telefonia rural, a Anatel também leiloa 268 lotes de faixas de frequência para operações regionais, cujos resultados ainda não foram divulgados.

Na avaliação de especialistas ouvidos pelo G1, a rede 4G será ao menos 20 vezes mais rápida que a atual rede 3G.

Para o presidente da Anatel, João Batista de Rezende, no entanto, a banda larga móvel de quarta geração no Brasil deve oferecer velocidade de até 20 Mbps (megabits por segundo), dez vezes maior do que os 2 Mbps máximos proporcionados pela 3G nacional.

4G

A banda larga ultrarrápida entrou em operação em 2006, na Coreia do Sul, por meio da tecnologia WiMax, migrando posteriormente para o padrão Long Term Evolution (LTE), que permite downloads de 100 megabits por segundo (Mbps) no acesso móvel. Hoje, segundo a consultoria ABI Research, há mais de 40 redes 4G em operação no mundo, que vão conectar 61 milhões de dispositivos móveis até o fim deste ano (a maior parte smartphones), chegando a 100 milhões em 2013.

A experiência real dos serviços 4G, no entanto, depende da estrutura da rede e do número de usuários que compartilham o sinal em determinado momento. ?Além disso, as operadoras costumam estabelecer um limite à velocidade de acesso para garantir uma navegação uniforme. Então mesmo que somente uma pessoa esteja acessando a internet em um determinado local, a velocidade não vai atingir 100 Mbps, por exemplo?, explica Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco.

Quando chegar ao país, a tecnologia LTE permitirá que o internauta brasileiro faça o download de uma foto em 1 segundo ou baixe uma música em 2 segundos, em seu smartphone, tablet ou com um modem 4G portátil no computador. A previsão se baseia em uma oferta local nas velocidades entre 5 e 12 megabits por segundo (Mbps) estimada pelas consultorias Teleco e IDC Brasil. Confira abaixo o gráfico comparativo de velocidades de acesso entre os serviços 4G, 3,5G e 3G.

A velocidade real estimada para as redes 4G representa um acesso de 20 a 40 vezes mais rápido, em média, do que o alcançado com as atuais redes 3G ? entre 256 kilobits por segundo (Kbps) e 1 Mbps.

No edital do leilão de 4G, a Anatel não define as velocidades de acesso que devem ser oferecidas pelos prestadores da banda larga de quarta geração na frequencia de 2,5 GHz. Já nas áreas rurais, pela frequência de 450 MHz, as empresas serão obrigadas a oferecer acesso à internet com taxas de transmissão de 256 Kbps de download e 128 Kbps de upload, no mínimo.

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