Depois de terem passado pelo trauma de perder animais de estimação na adolescência, dois moradores do DF se uniram a um amigo de Florianópolis (SC) para desenvolver um aplicativo que ajuda a localizar animais perdidos. O aplicativo ainda avisa sobre vacinas vencidas e outros cuidados, como controle do peso.
O sistema, lançado há dois mês, atende usuários de todo o Brasil. Além do aplicativo mobile, que concetra informações sobre o animal, é possível comprar um apetrecho para coleira que possui código de identificação para "pet".
Quem encontra o animal perdido, não precisa ter o aplicativo no celular. Na coleira fica disponível o endereço de um link para ser acessado e encontrar informações do destino do bichinho.
Apesar da ideia ser recente, já mostra resultados. A moradora do DF Deliane Rodrigues, de 26 anos, dona de dois gatos, Maike e Mafalda, ficou sabendo do aplicativo pela internet e resolveu usar. O Maike, que é o mais levado, sempre foge de casa e gera preocupação para dona, que tem medo de perdê-lo. Por isso, Deliane se sentiu motivada a testar os dispositivos.
Pouco tempo depois de começar a usar o aparelho, Maike fugiu. Desta vez, foi encontrado por uma pessoa que mora perto da casa. O vizinho visualizou as informações na coleira, e Deliane recebeu a intimação que informava o aparecimento do seu bichinho.
? O aplicativo é muito bom, a ideia é boa, já indiquei para outras pessoas. Meus gatos são extensão da família.
Projeto
Antes do trabalho se consolidar, dois dos idealizadores, sentiram na pele o sofrimento de perder um animal. Na adolescência de Bruno Souza, 31 anos, ele perdeu dois cachorros e conta que a fase foi complicada. Seu amigo, o Ednaldo Souza, também passou pela mesma experiência quando perdeu um gato.
Depois das perdas, surgiu a motivação para este trabalho, a criação do aplicativo. Os dois que estudaram juntos e são formados em Sistema de Informações, sempre quiseram impulsionar um produto com um conceito que achassem interessante.
Bruno e Ednaldo participaram de uma ação aceleradora na Califórnia, onde conseguiram ampliar a ideia. Bruno conta que eles apresentaram a ideia para um amigo, Marcos Buson, que é designer de produtos, e montaram a sociedade.
Eles estiveram na Califórnia de abril a agosto de 2013. Quando chegaram ao Brasil, continuaram trabalhando com o projeto que este ano começou a funcionar. Atualmente existem duas sedes, uma no DF e outra em Florianópolis (SC).
Bruno conta que está satisfeito com o trabalho, que veio ajudar as pessoas que passam pela dor que ele já conhece.
? A sensação é de dever cumprido. Era um sonho para nós realizarmos o projeto. Estamos apenas no começo de uma jornada. Esperamos mudar a vida das pessoas aqui no Brasil. Acabar com a dor de muitas pessoas.