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Microsoft e Google demitem em massa e abrem espaço para a inteligência artificial

Gigantes da tecnologia apostam alto na IA e promovem cortes em suas equipes para reduzir custos e ampliar investimentos no setor

Microsoft e Google demitem em massa e abrem espaço para a inteligência artificial | Foto: Reprodução
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A Microsoft vai demitir milhares de funcionários da área de vendas nos próximos meses. A medida faz parte de uma reestruturação estratégica para ampliar os investimentos em inteligência artificial, especialmente em soluções comerciais como chatbots, capazes de automatizar funções antes realizadas por humanos.

Em 2024, a empresa já havia cortado mais de 6.000 postos de trabalho e, agora, prepara uma nova rodada de desligamentos, prevista para julho. Ao mesmo tempo, a Microsoft está investindo US$ 80 bilhões no fortalecimento de seus data centers e serviços em nuvem voltados para IA. A mensagem é clara: quem não acompanhar a transformação tecnológica corre o risco de ficar para trás, ou perder o emprego.

Google segue o mesmo caminho

O movimento da Microsoft não é isolado. Em 2023, o Google também iniciou uma série de demissões com o mesmo objetivo: reduzir custos e focar no avanço da inteligência artificial. Na ocasião, centenas de funcionários foram desligados em diversas áreas da empresa.

Mesmo após cortes significativos em janeiro daquele ano, quando 12.000 trabalhadores foram demitidos, o Google continuou a enxugar o quadro de pessoal. No terceiro trimestre, ainda havia 182.000 empregados ativos. As decisões impactaram diretamente setores tradicionais, como engenharia e suporte de produtos, visando redirecionar recursos para projetos de IA generativa e aprendizado de máquina.

Indignação interna e alta nas ações

As demissões geraram insatisfação entre os funcionários. A União dos Trabalhadores da Alphabet (empresa-mãe do Google) se manifestou publicamente:

“Nossos membros e colegas trabalham duro todos os dias para criar ótimos produtos para nossos usuários, e a empresa não pode continuar a demitir enquanto lucra bilhões a cada trimestre. Não vamos parar de lutar até que nossos empregos estejam seguros”, declarou o sindicato nas redes sociais.

Apesar das críticas internas, as ações do Google subiram 0,5% no pré-mercado daquele ano com o anúncio dos cortes, um sinal de que o mercado financeiro vê com bons olhos o redirecionamento de esforços para a IA.

A nova lógica do Vale do Silício

A onda de demissões nas big techs sinaliza uma mudança profunda nas prioridades da indústria. Com o avanço acelerado da inteligência artificial, empresas como Microsoft, Google e Amazon estão reorganizando suas estruturas internas para se manterem competitivas.

Para muitos especialistas, trata-se de uma nova revolução tecnológica, que, ao mesmo tempo em que promete ganhos de eficiência, também coloca em risco milhares de empregos no setor. A inteligência artificial, ao que tudo indica, já não é mais o futuro, é o presente em ritmo acelerado.

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