Desde o começo da semana, brasileiros que usam Instagram e Facebook começaram a receber notificações da Meta sobre uma nova política de privacidade. A empresa informou que poderá usar o conteúdo das redes sociais, como fotos, vídeos, legendas e comentários, para treinar seus sistemas de inteligência artificial (IA) a partir de 9 de outubro. O aviso também oferece a opção de se opor a essa coleta de dados.
COMO FUNCIONA
No e-mail, a Meta inclui um link para um formulário onde os usuários podem solicitar que suas informações não sejam utilizadas. Uma vez feito o pedido, a restrição será aplicada a todos os perfis associados àquela conta.
Ao optar por não permitir o uso dos dados, a Meta se compromete a não usar as informações públicas do Facebook e do Instagram para melhorar seus sistemas de IA. Usuários que já pediram para restringir o uso de seus dados não precisam fazer uma nova solicitação.
PLANO DE CONFORMIDADE
Essas mudanças são parte de um acordo com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que autorizou a atualização dos termos de uso da Meta, desde que a empresa cumprisse um "plano de conformidade". Esse plano exige que a Meta facilite o "direito à oposição", permitindo que os usuários se oponham ao uso de seus dados para treinar IAs.
O plano de conformidade garante que os pedidos de oposição sejam processados automaticamente, sem a necessidade de novas ações por parte do usuário. Após o pedido, a Meta envia um e-mail confirmando a solicitação e o status do bloqueio.
Para bloquear o uso de dados, os usuários que não receberam o e-mail podem acessar a Central de Privacidade na página de configurações do Facebook e Instagram, onde o tema está destacado.
A Meta começou a usar informações públicas para treinar suas IAs em junho sem notificar os usuários. Em resposta, a ANPD suspendeu essa prática por considerar que violava a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A Meta então suspendeu suas funções de IA generativa no Brasil, incluindo o criador de figurinhas no WhatsApp, e excluiu o país da expansão de suas IAs, que inclui chatbots nas redes sociais. A empresa ainda não informou quando esses recursos voltarão a estar disponíveis no Brasil.