Meninas ensinam o que rola na paquera nos games on-line

Jogadoras dizem que o melhor é tentar levar a conversa para fora do game

Luana Perrout também era paquerada com sua personagem em "World of Warcraft" | Arquivo Pessoal
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Nos jogos com suporte para diversas pessoas pela internet, os famosos MMOs (sigla para Massive Multiplayer Online), é comum reunir amigos e desconhecidos para montar equipes e desbravar os mundos virtuais para enfrentar seres poderosos e conseguir itens preciosos.

No meio desse longo caminho, que pode durar muitas horas e exige muita conversa - por meio de mensagens de texto ou de voz -, a paquera para tentar conquistar as mulheres, minoria dentro destes games, rola solto. Mas se o objetivo for encontrar sua alma gêmea, o jogador deve reavaliar suas táticas.

"O xaveco é forte", brinca a estudante de pedagogia Karen Almeida, de 23 anos, de Sorocaba (SP). Ela conta que os homens puxam conversa para tentar conquistá-la em todos os games on-line como "World of Warcraft", "Diablo III", "Minecraft", "Terraria" e até nos confrontos pela internet de "Call of Duty: Modern Warfare 3", que costuma jogar. "Sempre perguntam se eu realmente sou menina e, quando confirmo, eles pedem para me adicionar no Facebook ou no MSN. Aí, quando veem a foto, caem em cima".

Karen e seu namorado jogam games on-line e, quando brigam, conta ela, é dentro dos jogos que eles voltam a se entender. "Nossos personagens se encontram eu eu começo a fazer a minha Orc [em "World of Warcraft"] dançar e provoco, perguntando se ele tá gostando do rebolado", conta.

A facilidade de se relacionar com outras pessoas dentro dos games dá mais abertura - e coragem - para que os homens abordem as mulheres. Entretanto, a maioria acaba exagerando e as meninas se fecham até para os pedidos mais românticos e verdadeiros. "O maior problema, atualmente, é que as pessoas estão muito carentes e, geralmente, quem joga tem isso de forma muito acentuada", afirma Luana Perrout, empresária de 25 anos e que mora em São Paulo.

Ela explica que, pelo fato de as mulheres serem minoria nos jogos, a princípio, os homens não acreditam que elas possam existir naquele mundo. "Quando foi criada uma comunidade da "guilda" [grupo de jogadores] no qual eu jogava, achavam que meu perfil era falso. Foi o maior reboliço com os homens falando, até se darem conta de que eu estava lendo tudo". Após a revelação, os xavecos iam "direto ao ponto" até demais e, segundo Luana, isso faz com que as meninas "se fechem para conversas com os homens".

Luana não joga mais "World of Warcraft" como antes, afinal, está casada e grávida. Mas a dica, segundo ela, é que a aproximação seja mais despretensiosa e que chame para um encontro físico.

"O melhor negócio é a proximidade, muitos elogios e carinho, porque mulher "pira" com atenção. Mulher carente, então, "pira" duas vezes mais", explica. "Não há nada melhor do que receber um convite para jantar ou receber presentes de verdade".

Já para Karen, os mais tímidos em fazer um convite para sair podem usar os próprios artifícios dos jogos. Em "World of Warcraft", por exemplo, é possível presentear com flores, vestidos, cestas para fazer um piquenique e anéis, por exemplo. "Uma vez, antes de eu namorar, um jogador dentro do game chegou e me deu uma flor, dizendo que era para eu lembrar dele", conta. Segundo ela, é um presente baratinho, que custa "5 gold" (moeda virtual do jogo), mas que, se acompanhado de um bom argumento, pode dar certo.

Para as duas, o mais importante é levar o "lance" para fora do game. Se o alvo da paquera concordar com o contato, convidar para sair, assistir a um filme, jantar e mandar presentes "reais", podem funcionar.

Outra dica das meninas é enviar mensagens privadas porque, por meio de programas de voz, o gupo inteiro pode escutar o xaveco. O gamer que não ficar falando apenas do jogo, que mantiver um assunto legal, "sem ser ogro" e mostrar interesse, tem tudo para se dar bem e não passar o próximo Dia dos Namorados sozinho.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES