Um acordo de quase US$ 600 milhões entre Apple e uma fabricante de vidros de safira agitou o mercado no fim de 2013, sugerindo que a próxima geração do iPhone poderá vir a ter uma tela mais resistente. Este dado foi prontamente confirmado pelo CEO da companhia, Tim Cook, no último dia 24. Porém, para um analista de mercado, a maior novidade da Apple para 2014 será outra coisa ainda maior: uma tela que recarregará a bateria do iPhone 6 com a luz do sol.
Matt Margolis, analista do site Seeking Alpha e especialista em ações da Apple, mostrou algumas evidências de que a empresa poderá incluir pequenas células solares nos seus vidros de safira. Se confirmado, o iPhone 6 conseguiria captar energia dos raios solares, mesmo em uma superfície transparente, como o display de um telefone.
A Apple já anunciou investimentos em uma tecnologia laser, capaz de cortar os vidros de safira. Isso, teoricamente, seria feito para incluir as células na tela. Soma-se a este dado as vagas abertas para contratação de dois profissionais especializados em tecnologia de energia solar; ambos para a divisão de dispositivos móveis ? ingredientes que, para o analista, ajudam a montar o quebra-cabeças.
Outro detalhe que serve de apoio a esta suposição é que a Apple tem várias patentes na área de energia solar, para computadores e dispositivos móveis, incluindo uma que descreve o funcionamento de um painel solar touchscreen para celulares - está última crucial para a concretização do plano.
Além disso, para o analista, o interesse da Apple pela GT Advanced Technologies, dona da tecnologia de telas de safira, é muito alto e, por isso, indicaria planos ousados como o envolvimento de tecnologia solar. Assim, a empresa teria conseguido diminuir seus custos de produção praticamente ao mesmo patamar que os do Gorilla Glass, atualmente usados pela Apple.
De qualquer forma, mesmo se este não for o destino do iPhone 6, a safira também serve para produzir vidros muito resistentes. O material só é mais fraco que diamante, o que torna a tecnologia útil mesmo sem as ditas células solares.
Por outro lado, a Apple já deixou clara sua intenção em adotar, em sua sede em Cupertino, painéis solares gigantescos, o que poderia justificar alguns investimentos na área. Para Margolis, entretanto, essa iniciativa sozinha não explica, por exemplo, a quantidade de patentes relacionadas a células solares em dispositivos móveis.