A julgar pelo que avalia a Anatel, a decisão de suspender as vendas de chips no ano passado colocou as operadoras no rumo certo de melhorarem suas redes, mas há indicadores que ainda seguem abaixo das metas, notadamente a taxa de sucesso em se conectar à rede de dados.
Números apresentados nesta sexta-feira, 22/11, pela agência indicam que a maioria dos brasileiros com algum tipo de acesso à Internet no celular ou nos modems móveis continua usando basicamente a rede 2G, onde a qualidade ainda é abaixo da esperada. No 3G, o desempenho é melhor.
Sinal que os problemas continuam para 7 de cada 10 acessos ? apesar do empenho recente, somente 31% das conexões móveis são 3G. ?Se a empresa vendeu dados, estão vendidos. Tem que cumprir a meta, não importa se é 2G ou 3G?, resume o superintendente de controle de obrigações, Roberto Pinto Martins.
Entre agosto de 2012 e julho deste ano ? ou seja, desde o início do ?plano de investimentos? das teles em reação à suspensão das vendas ? a base de assinantes 2G encolheu em 16,4 milhões. A infraestrutura, porém, ficou aquém das promessas.
As teles se comprometeram em ampliar a quantidade de ?antenas? 3G, mas apenas a Oi, que previu ampliar esse número em 5%, atingiu a meta. A TIM disse que o aumento seria de 10%. A Vivo, 15%. A Claro, 33% Todas estão longe do estimado.
A expectativa é de que as diferenças se deem até o fim do próximo ano. No conjunto, as teles prometeram investimentos de R$ 31,8 bilhões entre 2012 e 2014. Até aqui os aportes somam 47% desse total ? R$ 15 bilhões, concentrados especialmente entre agosto e dezembro do ano passado (R$ 10,9 bi).