A Motorola Mobility vai cortar mais 1,2 mil empregos, equivalente a 10% de sua força de trabalho, como parte da tentativa da fabricante de celulares de recuperar rentabilidade, anunciou o Google, controlador da empresa, nesta sexta-feira. As demissões foram anunciadas após o corte de outros 4 mil postos na Motorola Mobility em agosto, ao mesmo tempo em que o Google busca produzir mais smartphones e menos aparelhos mais simples.
"Esses cortes são uma continuação das reduções que anunciamos ano passado", disse a porta-voz Niki Fenwick à Reuters. "É obviamente duro para os empregados afetados e estamos comprometidos a ajudá-los a atravessar essa difícil transição", acrescentou.
Segundo o Wall Street Journal, os cortes vão afetar trabalhadores nos Estados Unidos, China e Índia. "Nossos custos são muito altos, operamos em mercados em que não somos competitivos, estamos perdendo dinheiro", afirmou a empresa em comunicado obtido pelo jornal.
O Google comprou a fabricante de celulares deficitária no ano passado por US$ 12,5 bilhões, em sua maior aquisição até o momento, no intuito de se valer do arsenal de patentes da Motorola Mobility para afastar os ataques legais à plataforma Android e, ao mesmo tempo, expandir sua atuação para além dos negócios com software.