Google fatura alto, mas custo por clique continua em queda livre

A tendência de queda no custo por clique é provocada pelo mercado de publicidade em dispositivos móveis.

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Os últimos resultados anunciados pelo Google voltaram a deixar os analistas de mercado preocupados. Apesar de as receitas terem crescido 21% na variação anual (atingindo US $ 11 bilhões no segundo trimestre), de grande parte deste volume vir de anúncios de busca, e de a quantidade de cliques pagos ter crescido 42% (duas vezes mais que as receitas), o custo por clique continua em queda livre: 16% no segundo trimestre contra 12% no trimestre anterior.

Culpa da concorrência com o Facebook? Segundo o Google, não. A tendência de queda no custo por clique é provocada pelo mercado de publicidade em dispositivos móveis, que cresce em um ritmo muito mais intenso do que o da publicidade em desktops, graças ao aumento do acesso web via smartphones e tablets. Como o preço da publicidade móvel é apenas uma fração da publicidade veiculada nos websites tradicionais, isso vem derrubando a receita média por usuário e a margem de lucro. Não só no Google, como no Facebook e o Linkedin?

Para aumentar as receitas com publicidade móvel, 1 milhão de anunciantes AdWords já começam a ter acesso aos 300 mil aplicativos móveis na rede da AdMob. O Google também vem lançando uma série de inovações, como uma opção de click-to-call (que gera 15 milhões de chamadas todos os meses).

A expectativa da empresa, segundo o vice-presidente sênior e diretor de Negócios Nikesh Arora, é a de que o preço dos anúncios móveis suba, como aconteceu no passado com o preço dos anúncios de busca. E esse processo já pode ter começado.

A Google também não acredita que a buscas móveis estejam tirando usuários da busca no desktop. ?Acreditamos que as buscas móveis são em sua maioria incremental?, disse a vice-presidente sênior de Publicidade, Susan Wojcicki. Mas reconheceu que é algo que a empresa ainda está analisando.

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