Uma equipe do Google responsável por acompanhar os termos mais procurados durante a Copa do Mundo evitou destacar comentários negativos sobre a goleada de 7 a 1 sofrida pelo Brasil, segundo reportagem da rádio pública norte-americana NPR.
Após cada partida da Copa, cientistas de dados do Google analisavam o que era mais pesquisado na ferramenta de buscas e produziam conteúdo sobre isso para as redes sociais. O objetivo era sintetizar a disputa a partir do que era popular e viralizar a informação.
Entretanto, apesar da predominância de palavras como "vergonha", "humilhação" e "derrota" nas buscas dos brasileiros após o vexame contra a Alemanha, o Google não compartilhou esses dados por eles serem "muito negativos".
"Nosso objetivo não é jogar sal nas feridas", disse à NPR Sam Clohesy, um dos membros da equipe do Google Trends destinada a observar a repercussão dos jogos da Copa. "Uma história negativa sobre o Brasil não terá necessariamente força nas redes sociais".
À NPR, o especialista em marketing móvel Rakesh Agrawal concorda com a fala do Google. "Usuários de redes sociais como Twitter e Facebook geralmente tendem a compartilhar pensamentos alegres. Se meu filho tirou 10 em matemática, eu vou compartilhar. Mas se ele tira 5, isso geralmente não é uma coisa que vai parar nas redes sociais".
No caso do jogo entre Brasil e Alemanha, o recorde quebrado pelo atacante Miroslav Klose, o maior artilheiro das Copas, foi uma das tendências escolhidas pelo Google para ganhar destaque. A empresa também observou que as buscas por "maior goleada em Copa do Mundo" dispararam 370 vezes em território alemão, e produziu conteúdo sobre.