Após a divulgação do calendário de saques do FGTS, um golpe já conhecido pelos especialistas em segurança digital voltou a fazer vítimas no Brasil. De acordo com relatório desta terça-feira (1º) do dfndr lab, laboratório de segurança digital da PSafe, mais de 10 mil pessoas já foram afetadas pelos criminosos.
O golpe acontece da seguinte forma: os criminosos solicitam os dados das vítimas com a promessa do pagamento de até R$ 3.900 do benefício, mas acabam roubando o dinheiro e usando as informações para praticar outros crimes.
Para roubar as vítimas, os criminosos enviam links maliciosos via aplicativos de mensagens que direcionam o usuário para um falso cadastro, que supostamente facilitaria o pagamento do FGTS. Com posse das informações fornecidas pelas pessoas, os bandidos conseguem sacar indevidamente o dinheiro do benefício, além de realizar a assinatura de serviços online e até abrir contas em bancos.
Os links maliciosos são acompanhados de imagens falsas criadas para enganar as vítimas. O texto informa o suposto valor que a pessoa poderá sacar, e a data em que o dinheiro estaria disponível. Para dar credibilidade, as artes possuem falsos comentários de pessoas que já teriam recebido o dinheiro. A mensagem também pede que o usuário compartilhe o link com outras pessoas, disseminando ainda mais o golpe.
De acordo com o dfndr lab, a fraude cresceu 68% entre janeiro e maio deste ano, e tende a aumentar. O quantitativo de 10 mil infecções detectadas pelo laboratório representa o número de acessos e compartilhamentos de links realizados pelas vítimas.
Esse mesmo tipo de golpe já foi utilizado anteriormente por criminosos para roubar cidadãos, usando como isca o pagamento do Auxílio Emergencial e o próprio saque do FGTS de 2020. “Outro problema é quando a vítima compartilha o falso site com seus contatos, tornando-se um vetor de disseminação do golpe, o que garante aos cibercriminosos um crescimento acelerado dos ataques”, diz o diretor do dfndr lab Emilio Simoni.
Os especialistas também recomendam que, em caso de dúvida, o usuário não deve compartilhar links recebidos nos mensageiros, evitando, assim, que outras pessoas também sejam prejudicadas.