Todos se surpreenderam com a compra repentina do mensageiro WhatsApp pelo Facebook em fevereiro deste ano. No início, pairaram dúvidas: o aplicativo fará parte do bate-papo no Facebook? Mudará suas funções? Cinco meses depois, nada mudou para o usuário final das duas plataformas. A compra do mensageiro, que cresceu três vezes mais que o Facebook, parece ter uma função puramente estratégica, assim como a aquisição do Instagram pela mesma rede social.
Na divulgação dos resultados financeiros do Facebook do segundo trimestre, nesta quarta (23), Mark Zuckerberg deu uma declaração que indica a linha de pensamento tomada nestas compras milionárias: ?Estou tão animado com a área de mensagens. Há simplesmente tantas fotos que as pessoas vão querer compartilhar com amigos ? há muito mais coisas que as pessoas desejam compartilhar?.
Se uma vez o Facebook esteve a procura de dominar a área de fotos, comprando o Instagram por 1 bilhão de dólares, hoje o mentor do site considera que há um ?teto? para a quantidade de imagens que os usuários desejam compartilhar no feed. Porém, as pessoas sempre querem se comunicar de alguma forma, e é nessa máxima que Zuckerberg pretende se guiar.
O Facebook também pretende investir em anonimato para que as pessoas tenham a chance de compartilhar ainda mais coisas. ?Alternativas como o login anônimo abrem espaço para diferentes comportamentos?, disse o dono do Facebook. Ele alegou que as pessoas estão mais abertas a compartilhar mais experiências se seus nomes não estiverem atrelados.
O trabalho do Facebook, declarou ele, é dar às pessoas as ferramentas que elas precisam para socializar e se comunicar, mesmo se isso significar que elas não batem com os princípios fundadores da empresa.