Depois de conquistar as pessoas físicas, o próximo alvo dos tablets tende a ser o mundo corporativo. Mas será que esses equipamentos reduzirão a relevância de outros, como notebooks e smartphones, nas atividades das companhias? Sondagem da Câmara de Comércio Americano (Amcham) junto a executivos de TI mostra que a maioria acredita que não. Foram 67% os que afirmaram não perceber espaço para a substituição.
A pesquisa mostra que as empresas ainda estão divididas quanto à adesão aos tablets. Uma parcela de 27% dos consultados diz suas companhias já fazem uso desses dispositivos e os liberam aos funcionários e outros 23% indicam que há planos nesse sentido considerando um horizonte de até dois anos. Por outro lado, segundo 41%, o emprego dos tablets não está na mira de suas organizações.
O estudo da Amcham revela também que o acesso a tablets em ambiente corporativo está muito vinculado a alguns segmentos de atuação, principalmente o de vendas. Os executivos consideram que a ferramenta deve ser liberada principalmente para profissionais das áreas comercial (73%) e de comunicação e marketing (50%). Foram lembrados, com menor incidência, também os departamentos de TI (27%), RH (23%), jurídico (23%) e financeiro (18%).
Há ainda, entre os entrevistados pela Amcham, uma visão predominante de que os tablets devem ser acessíveis apenas aos níveis hierárquicos mais elevados nas organizações (presidente, diretores, gerentes e coordenadores). Foram 57% os que apontaram essa alternativa, ao passo que 38% defenderam que o uso independa de cargo.
A sondagem ouviu 22 executivos durante reunião do comitê de Tecnologia da Informação da Amcham-São Paulo. O grupo é composto por consultores, executivos e profissionais de tecnologia de grandes, médias e pequenas empresas.