Um estudo conduzido pela companhia de segurança digital viaForensics traça um tenebroso cenário quanto ao uso de aplicativos para dispositivos móveis. Cem dos mais populares programas foram avaliados ? em suas versões para Android e iOS ? e descobriu-se que 76% armazenam nomes de usuários em formato texto, enquanto que 10% o fazem também com senhas.
Portais também se mostraram vulneráveis, como LinkedIn, Skype e Hushmail. A pesquisa destaca que mesmo os que guardam com segurança as senhas, ao deixarem à mostra os usernames, facilitam significativamente a vida de crackers.
?Muitos sistemas exigem apenas o nome de usuário e o código, ou seja, tendo um deles, 50% do quebra-cabeça já está resolvido?, afirma a pesquisa. Ela ressalta também que, já que muitos internautas costumam reutilizar os dados em outros serviços, a invasão de um pode levar à invasão de muitos. Sua conta no Facebook, por exemplo, pode dar uma pista a respeito da senha usada em seu home banking.
Ainda mais perigosos são os aplicativos que nem sequer criptografam os códigos. ?O risco é grande, principalmente ao se considerar que dispositivos móveis são usualmente perdidos, e que o número de pragas que os atacam tem crescido aceleradamente nos últimos anos?.
Os softwares foram divididos em categorias para a avaliação. Os relacionados a redes sociais tiveram o pior desempenho: 74% falharam nos testes. Em seguida, vieram os de produtividade (43%), de transações financeiras (25%) e de comércio eletrônico (14%). A maioria dos que passaram nos testes, porém, não foi tão bem, e mereceu um alerta. Embora protejam razoavelmente os dados, não chegam a criptografá-los.
As dicas para aumentar a segurança de suas contas são as mesmas de sempre. Use letras - maiúsculas e minúsculas - números e sinais gráficos na hora de elaborar as senhas; evite usar a mesma em mais de um serviço; e tente não deixá-las registradas em nenhum lugar, especialmente no próprio dispositivo.