E-mail mostra como fundador brasileiro foi tirado do Facebook

Brasileiro Eduardo Saverin era colega de quarto de Zuckerberg

O brasileiro Eduardo Saverin | Divulgação
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As histórias que envolveram a criação do Facebook e as disputas judiciais envolvendo o CEO Mark Zuckerberg e seu amigo, o brasileiro Eduardo Saverin, cofundador da rede, ficaram famosas no filme A Rede Social. Mas correspêndencias inéditas divulgadas nesta terça-feira pelo site americano Business Insider mostram mais a fundo os bastidores do desenvolvimento do site e da saída do brasileiro do comando da empresa. Em uma delas, Zuckerberg se refere a Saverin como um "bandido brasileiro".

Em um e-mail que Zuckerberg teria enviado para os advogados do Facebook, o executivo de 20 anos dava permissão para que se iniciasse o processo que culminou na diluição das ações de Saverin para 10% da companhia. "Existe uma maneira de fazer isso sem tornar dolorosamente evidente que ele está sendo diluído a 10%?", diz a mensagem.

Na resposta ao e-mail, o advogado mostra preocupação com o fato de que as ações de Saverin seriam as únicas a serem diluídas, e que ele poderia no futuro reivindicar as emissões dessas ações. Essa preocupação, no fim, mostrou-se pertinente: o brasileiro acabou processando o Facebook e acabou saindo com entre 4% ou 5% da empresa.

Segundo mensagens trocadas um amigo não identificado na época da criação da rede social, Zuckerberg teria chamado Saverin para fazer parte da rede porque ele tinha dinheiro. "Ele pensa que vai ganhar dinheiro. Eu não entendo nada de negócios, só quero fazer uma coisa legal", teria dito à época. Em 2004, foi com o dinheiro do brasileiro que Zuckerberg pagou pelos servidores que colocaram o site no ar e tornaram o "The Facebook" um sucesso instantâneo na Universidade de Harvard.

Em outro e-email, enviado ao também sócio Dustin Moskowitz em 2004, Zuckerberg já teria mostrado interesse em remover Saverin da empresa, após o brasileiros ter colocado anúncios por conta própria no Facebook de uma startup em que estava trabalhando. "Ele deveria criar a empresa, obter financiamento, e fazer um modelo de negócio. Ele falhou em todos os três... Agora que eu não vou voltar para Harvard, eu não preciso me preocupar em ser espancado por bandidos brasileiros", teria escrito Zuckerberg na mensagem.

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