Ainda que engatinhe no Brasil, as conexões de banda larga de quarta geração já são uma realidade no restante do mundo. Em 2014, o 4H registrou pela primeira vez mais assinaturas do que o 3G, informou o presidente-executivo da Ericsson, Vest Bestbergs, durante uma apresentação nesta segunda-feira (2) no Mobile World Congress (MWC), a maior feira de telecomunicações do mundo.
No ano passado, cerca de 800 milhões de novas conexões foram criadas globalmente. Essa adição elevou o volume total em 40% sobre 2013, para 2,7 bilhões de acessos de banda larga móvel. Parte desse incremento se deve a uma migração rumo ao 4G, que superou em 110 milhões adesões o 3G.
O 4G opera com a tecnologia LTE e chega a velocidades de download em média 20 vezes superiores ao 3G, que funciona sob os modelos WCDMA e HSPA.
"O que as pessoas estão fazendo com isso? Estão vendo muito, muito vídeo", afirmou Bestbergs. O consumo desse tipo de conteúdo impulsiona a procura por pacotes de dados que ofereçam maiores velocidades, como os de 4G.
Os vídeos são os responsáveis ainda por concentrar o volume de dados em poucos apps. Ao redor do mundo, um grupo de cinco apps consome dois terços do tráfego de dados móveis. No Brasil, não é diferente. Por aqui, Facebook, YouTube, Chrome, WhatsApp e Instagram compõem esse grupo, pelos quais passam 78% de toda internet móvel gerada no país.
Em rota ascendente, Os vídeos consumirão cada vez mais internet móvel, segundo estimativa da Ericsson que aponta aumento do tráfego de dados desse tipo de conteúdo da ordem de 45% ano a ano até 2020.
Apesar de o acesso ao 4G explodir no restante do mundo, no Brasil a expansão ocorre a velocidades de internet discada. O país fechou 2014 com 6,76 milhões de aparelhos conectados à internet móvel de quarta geração.
O marco brasileiro na internet móvel foi outro: no ano passado, os acessos via 3G superaram pela primeira vez os que utilizam o 2G. A primeira tecnologia de banda larga móvel a ser utilizada no pais agora é responsável por 51%dos acessos de celulares e modens.