Com um vírus instalado no computador, a linha digitável de boletos é alterada em golpe que está cada vez mais comum em Teresina
Mais de 100 boletins de ocorrências de crimes envolvendo tecnologia foram registrados na Delegacia Especializada na Repressão a Crimes de Alta Tecnologia (DECART) de Teresina em 2014.
Dentre esses BOs, há aqueles referentes à atuação de uma quadrilha, em âmbito nacional, alterando o número de boletos bancários. Com isso, o dinheiro depositado é desviado para uma conta criminosa.
Casos desse tipo, em que há alteração na linha digitável de boletos, estão cada vez mais comuns, tendo 4 vezes mais ocorrências neste ano em relação ao início de 2013. Há, em média, de 6 a 8 casos, por mês, registrados pela DECART, na capital piauiense.
Os tipos de boletos mais comuns neste tipo de golpe em Teresina são referentes a planos de saúde, mensalidades de faculdades, e até mesmo houve casos que afetaram o boleto referente a gastos com a Copa do Mundo, como o pagamento de ingressos.
O que acontece é que a curiosidade é algo natural, e faz com que as pessoas cliquem em e-mails e páginas inicialmente aparentemente não suspeitos.
Mas, só com o clique, um malware chamado ?trojan horse?, mais conhecido como ?cavalo de troia?, invade o computador da pessoa, fazendo com que a quadrilha tenha acesso a informações da vítima.
Profissionais alertam a população para que se evite este tipo de crimes, é importante não abrir e-mails e páginas da web suspeitos, manter antivírus atualizado e firewall ativado. Resumindo, a regra de ouro é não clicar em tudo o que se vê.
Também é essencial o uso de computadores confiáveis. Equipamentos de lan houses são fáceis instrumentos de contaminação em vários tipos de ações mal-intencionadas semelhantes a estas.
Vítimas desses casos devem recorrer a uma delegacia para prestar ocorrência munidas do boleto bancário, comprovante de pagamento e print da página. A polícia atua, a princípio, tendo como única pista o excedente (tipo de beneficiado) do boleto bancário.