China diz que não restringirá tecnologia móvel do Google

País tenta rebater preocupações de companhias estrangeiras

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A China tentou rebater as preocupações quanto a restrições na tecnologia de telefonia móvel do Google nesta quarta-feira (27), enquanto grupos empresariais norte-americanos pressionam Washington a enfrentar medidas ?alarmantes? contra as companhias estrangeiras de tecnologia que operam na China.

A ameaça do Google de deixar a China feita este mês, devido a ataques de hackers e críticas norte-americanas à censura chinesa sobre a internet, causou irritação entre os dois gigantes econômicos, que já vinham se desentendendo devido a questões de câmbio, comércio e vendas de armas dos Estados Unidos a Taiwan.

Empregando vocabulário destinado a acalmar os investidores, um funcionário do governo chinês disse que Pequim não interferirá na plataforma de telefonia móvel Google Android no mercado de seu país.

O porta-voz do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, Zhu Hongren, respondeu a uma pergunta sobre se o uso do Android na China poderia ser afetado pelas reclamações do Google contra a China.

?Acredito que não deveria haver qualquer limite sobre o uso do sistema, desde que a empresa cumpra a regulamentação chinesa, conduza negociações e cooperação sólida com as operadoras de telefonia móvel e obedeça às regras e requerimentos relevantes?, disse Zhu em entrevista coletiva.

?O mercado de telecomunicações da China é um mercado aberto?, disse ele.

O ministério fiscaliza o setor chinês de telefonia móvel.

As declarações de Zhu pareciam sublinhar que o governo chinês não deseja assustar os investidores com um ataque direto ao Google, e em lugar disso dirige sua ira ao governo dos EUA, que jornais estatais chineses acusaram de ?politizar? a disputa.

Duas semanas atrás, o Google ameaçou fechar seu portal ?Google.cn? e se retirar da China, mencionando problemas de censura e um ataque de hackers localizados no país. A empresa continua a censurar conteúdo delicado no ?Google.cn?.

O governo Obama apoiou as críticas do Google. Na quinta-feira passada, a secretária de Estado, Hillary Clinton, pediu para a China suspender a censura sobre a internet e investigar as ações dos hackers.

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