Câmera instantânea da Fuji faz fotos ruins, mas é divertida; veja

Câmera instantânea da Fujifilm faz fotos ruins, mas vale pela brincadeira

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Sucesso na segunda metade do século 20, câmeras de fotos instantâneas foram sepultadas pela popularização da fotografia digital. Mas lançamentos recentes querem fazer renascer a técnica.

A Fujifilm Instax mini 7S, testada pela Folha, é um deles. À venda no país por R$ 349, a câmera é um brinquedo que pode agradar os menos preocupados com qualidade de imagem.

Com corpo grandalhão em relação às câmeras atuais, a Instax não é das mais fáceis de carregar -e tampouco das mais discretas.

"Nossa ideia não é substituir a fotografia digital, mas sim complementá-la", afirma Gustavo Meyer, representante da divisão de câmeras da Fujifilm no Brasil. "Essa câmera está conquistando o público adolescente feminino em outros países."

De fato, nem a má qualidade das fotos feitas com pouca luz e sua escassez de recursos (o foco, a abertura e o tempo de exposição são fixos) conseguem ofuscar totalmente o caráter lúdico da Instax.

É muito agradável ver uma cena sendo replicada no papel -ao longo dos três minutos que leva a revelação.

Uma pena as fotos serem tão pequenas: descontada a borda, suas dimensões são de 4,6 x 6,2 cm -do tamanho de um cartão de crédito.

A brincadeira pode ser levada adiante: o site mochithings.com, por exemplo, vende álbuns para fotos da Instax e filmes personalizados, com bordas coloridas ou com os personagens Hello Kitty e Ursinho Puff.

A baixa potência do flash -que sempre dispara- pode fazer com que o que está em segundo plano desapareça. Por outro lado, essa característica deixa a imagem com cara de anos 80, o que pode ser desejado por alguns.

Cliques descomprometidos, realizados livremente com câmeras digitais, não devem ser o objetivo de quem possa usar a Instax. Além de existir um tempo de espera entre um registro e outro, cada fotografia vale R$ 2: o pacote de 20 chapas custa R$ 40.

Mas ver-se obrigado a pensar cada um dos instantâneos que serão feitos (e, por consequência, avaliar a relevância de cada cena ou momento) é outro ponto interessante. É algo como fotografar usando não só o dedo mas também a cabeça.

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