Brasileiros ganham destaque em eventos de robótica em 2012

Parece que 2012 foi o ano dos Juniors para o Brasil na RoboCup, principal competição mundial de robótica

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Quem pensa que robôs são aparelhos de filmes norte-americanos está muito enganado. A produção nacional em robótica avança cada vez mais e tem ganhado visibilidade em feiras e competições da área. Confira alguns destaques brasileiros nos principais eventos de robótica de 2012 pelo mundo.

RoboCup 2012

Parece que 2012 foi o ano dos Juniors para o Brasil na RoboCup, principal competição mundial de robótica. A edição deste ano ocorreu no México em junho.

Cinco alunos do Colégio Mackenzie de Brasília levaram o prêmio SuperTeam na categoria Resgate. Os doze melhores times do mundo são classificados para a competição, depois eles se organizam em duplas. Os brasileiros fizeram par com a equipe alemã e o robô criado foi o único a pontuar na prova. ?Somos o país do presente. Mostramos o potencial do Brasil na categoria? afirma a professora responsável Lucilene Campanholo, orgulhosa com a conquista.

Para participar do torneio, a equipe, chamada de Andrômeda Fênix, desenvolveu o protótipo Avenger para identificar e resgatar vítimas em locais de difícil acesso atingidos por desastres naturais.

Outra turminha brasileira que teve sucesso na competição foi a Café-com-Byte-Júnior, mas no desafio de dança. O time formado por alunos de 12 e 13 anos da escola Afonso Pena Júnior, de São Tiago, Minas Gerais, levou os prêmios de melhor programação e foi vitorioso no SuperTeam, junto com grupos da Alemanha e da China.

RoboGames 2012

Na competição RoboGames 2012, realizada em abril nos Estados Unidos, o Brasil conquistou 6 medalhas de ouro, 1 de prata e 3 de bronze e ocupou a quinta posição do pódio. Dezesseis países participaram do torneio com 238 equipes inscritas. Neste evento, robôs duelam em diversas categorias.

Orion, desenvolvido pela equipe Triton Robos, foi o vencedor do desafio Combate entre os aparelhos com peso de até 55 kg. Flavio Hendrikx, um dos idealizadores do projeto, comemora a vitória: ?Eu particularmente acompanho este tipo de competição desde 1998 e ganhar o maior evento do gênero é uma emoção que não tem como descrever?.

O robô estilo Wedge, ou rampa, tem como estratégia entrar embaixo dos adversários e os empurrar contra a arena. ?Sua construção é feita com os materiais mais resistentes possíveis, como alumínio aeronáutico, aços com ligas especiais e titânio?, explica Flavio.

Outros robôs também garantiram o topo do pódio para o Brasil em outras categorias. O Carrapato levou a melhor no desafio Combate entre as máquinas autônomas com peso de menos de 1,5 kg. Já no desafio de Sumô, o Brasil se destacou com a Joaninha, autônoma com 25 gramas e o Zarolho, com 3 kgs. O Uai!rrior Hockey foi o ganhador nos jogos de Hockey. O Invictus foi o robô BEAM vencedor entre os que usam energia solar.

Robotics Trends 2012

A Robotics Trends ocorreu em outubro, em Fortaleza, com seis grandes eventos com o intuito de promover debates e exposições de robótica: o IX Latin American Robotic Symposium, o I Simpósio Brasileiro de Robótica, a XI Latin American Robotic Competition, a X Competição Brasileira de Robótica, a Mostra Nacional de Robótica e a V Olimpíada Brasileira de Robótica.

A Divisão de Robótica Inteligente da Universidade de Brasilia foi campeã Latino-Americana de Robótica na categoria IEEE Open. O desafio foi criar um robô voltado para a sustentabilidade. A equipe, então, construiu o Droid 1, capaz de limpar as areias da praia. O aparelho detecta latinhas, recolhe o lixo e coloca em sua caçamba.

Os robôs brasileiros também não fizeram feio nos campeonatos de futebol. A Equipe de Desenvolvimento em Robótica Móvel do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia levou o ouro na categoria RoboCup Humanoide. O desafio foi vencer uma partida com um time formado por três robôs autônomos.

Outro simpático humanoide que fez sucesso na feira foi o Tigrão, desenvolvido e aprimorado desde 2006 por alunos do curso técnico da PUC do Paraná. Com pouco menos de um metro de altura, o aparelho foi criado para interagir com crianças em hospitais.

O robô fala, pisca, mexe os braços e manda beijos para a plateia. Confira uma apresentação do robô feita por um dos idealizadores do projeto, o professor Marcelo Gaiotto, na Feira de Cursos e Profissões da universidade:

Os robôs made in Brasil vieram para ficar. Resta aguardar as surpresas desses pesquisadores e estudantes criativos para 2013.

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