Uma imagem recente capturou o exato momento em que o avião experimental XB-1, da Boom Supersonic, ultrapassou a velocidade do som durante seu segundo voo de testes, realizado em 10 de fevereiro no Deserto de Mojave, EUA. A aeronave atingiu velocidades superiores a Mach 1 (1.235 km/h ao nível do mar), marco essencial para o avanço das tecnologias de voos supersônicos.
💥 🚀 ONDA DE CHOQUE E ESTRONDO SÔNICO
A ultrapassagem da barreira do som gera um estrondo sônico, um fenômeno causado pela compressão das ondas de choque na atmosfera. Com o apoio da Nasa, a Boom Supersonic conseguiu capturar imagens detalhadas desse efeito por meio da fotografia Schlieren, uma técnica avançada que torna visíveis as variações na densidade do ar ao redor da aeronave.
👨🚀 O PAPEL FUNDAMENTAL DO PILOTO NO EXPERIMENTO
O piloto de testes Tristan “Geppetto” Brandenburg teve um papel essencial na missão, posicionando a aeronave de forma estratégica para a captação das imagens. Esse alinhamento preciso permitiu que o XB-1 fosse registrado em frente ao sol, facilitando a visualização das ondas de choque. Para garantir a exatidão dos testes, a equipe da Boom desenvolveu um software de aviônicos que guiou o piloto a pontos predefinidos no espaço, com base em cálculos da Nasa.
A captação foi feita por telescópios terrestres equipados com filtros especiais, capazes de detectar distorções no ar. Um dos resultados mais surpreendentes foi a confirmação de que não houve estrondos sônicos audíveis no solo, um grande passo para tornar os voos supersônicos mais sustentáveis.
TECNOLOGIA
A Boom Supersonic pretende aplicar os dados coletados nesses testes para desenvolver a tecnologia “Boomless Cruise” (Cruzeiro sem Estrondo). Esse conceito permitirá que o avião comercial Overture voe a velocidades de Mach 1.3 sem produzir ruídos perceptíveis no solo. Essa inovação promete reduzir em até 90 minutos o tempo de voos transcontinentais, como nas rotas entre a Costa Leste e Oeste dos EUA.
DESAFIOS
Os avanços da Boom Supersonic representam um passo significativo rumo ao retorno dos voos comerciais supersônicos, combinando velocidade, eficiência e menor impacto ambiental. Contudo, ainda existem desafios técnicos e regulatórios a serem superados antes que essa tecnologia possa ser implementada em larga escala.
Com informações da Veja