Tr?s t?cnicos do Obsis (Observat?rio Sismol?gico de Bras?lia), da UnB (Universidade de Bras?lia), avaliam a partir de segunda-feira o que teria provocado o tremor de terra sentido no norte de Minas Gerais e que atingiu 4,9 graus na escala Richter. O desastre natural causou a morte da menina Jessiane Oliveira Silva, 5, e deixou seis feridos, na madrugada de domingo (9).
O tremor aconteceu no vilarejo rural de Cara?bas, na cidade de Itacarambi (662 km ao norte de Belo Horizonte). A comunidade, que tem entre 350 e 400 moradores que vivem da agricultura e de uma f?brica de farinha, deve ser extinta. ? o que afirma o prefeito de Itacarambi, Jos? Ferreira de Paula (DEM).
Paula diz que nenhum dos moradores quer voltar para o local. Eles temem um novo tremor como o de ontem. Cara?bas vem sendo atingida por sismos desde maio passado.
"Este ? o segundo terremoto mais forte que os moradores enfrentam [o primeiro foi no dia 24 de maio]. O povo n?o quer ficar mais l?. De manh?, quanto cheguei ? comunidade, as pessoas choravam e me pediam, de joelhos, um lugar em Itacarambi para ficar", disse.
A prefeitura pretende doar terreno para as fam?lias. As novas casas devem ser erguidas com verba do governo mineiro.
De acordo com o prefeito, a comunidade contava com 75 casas de alvenaria, todas com ?gua encanada e energia el?trica. Telefone n?o h?. O mais pr?ximo fica a 12 km dali, no distrito de Vargem Grande.
Ele relata que s? ficou sabendo o que aconteceu em Cara?bas por volta das 3h, quando um morador, dono de uma motocicleta, chegou ao centro da cidade em busca de ajuda.
A destrui??o que atingiu Cara?bas tamb?m dificultou a realiza??o do vel?rio da menina. Ela dormia em uma cama com sua irm? g?mea quando o terremoto aconteceu. A parede do quarto onde elas estavam desabou sobre a cama. Jessiane morreu na hora, segundo a prefeitura. "N?o ficou uma casa em condi?es de receber o vel?rio. Pedimos uma casa emprestada em Vargem Grande. Foi uma tristeza", disse Paula.