TCU quer auditoria e fim dos sigilos da Petrobras

TCU quer auditoria e fim dos sigilos da Petrobras

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O ministro Augusto Nardes, do TCU (Tribunal de Contas da Uni?o), afirmou que pedir?, na pr?xima quarta-feira, abertura de auditoria para investigar o esquema de fraudes em licita?es da Petrobras, revelado pela Opera??o ?guas Profundas, da Pol?cia Federal, al?m do fim dos sigilos da estatal, informa neste s?bado reportagem da Folha (?ntegra dispon?vel s? para assinantes do jornal ou do UOL).

Nardes esteve na quinta-feira com o presidente da Petrobras, Jos? S?rgio Gabrielli, no Rio de Janeiro, e reclamou da dificuldade de acesso aos dados da institui??o. "Se eles n?o abrirem os sigilos e os esc?ndalos continuarem por falta de controle, isso acaba prejudicando mais a Petrobras no mercado do que uma auditoria do TCU", afirmou o ministro.

Petrobras

Entre os presos pela Opera??o ?guas Profundas, que investiga fraudes em licita?es da Petrobras, est?o tr?s funcion?rios da estatal: Carlos Alberto Pereira Feitosa (coordenador da comiss?o de licita??o), Carlos Heleno Netto Barbosa (gerente geral da unidade de servi?os e sondagem semi-submers?veis) e R?mulo Miguel de Morais (gerente de plataforma).

De acordo com o procurador da Rep?blica Carlos Alberto Aguiar, em troca de carros, viagens ao exterior, entre outras formas de propina, os funcion?rios da Petrobras repassavam informa?es privilegiadas para a Angraporto Offshore, o que permitia a fraude nas licita?es favorecendo a Mau? Jurong e a Iesa.

Outros dois funcion?rios da Petrobras foram denunciados pelo Minist?rio P?blico Federal, mas n?o tiveram a pris?o preventiva decretada: Carlos Alberto Velasco, que tamb?m trabalhava na comiss?o de licita?es, e Jos? Antonio Vilanueva, que j? atuou como gerente da Petrobras, segundo a PF.

Segundo o delegado federal Claudio Nogueira, a Angraporto venceu de forma fraudulenta as licita?es da P-22, P-10 e P-14 para aluguel de cais em contratos que giraram em torno de R$ 60 milh?es. J? a Iesa foi a vencedora do contrato tamb?m para presta??o de servi?os da P-14 no valor de R$ 90 milh?es. O delegado n?o soube dizer o valor dos contratos fechados com a Mau? Jurong.

Na ter?a-feira, a Petrobras divulgou nota informando que afastou os funcion?rios suspeitos de participar do esquema de fraudes. A estatal informou que j? instalou uma comiss?o de sindic?ncia para apurar as poss?veis irregularidades cometidas por esses funcion?rios e que adotar? as medidas cab?veis.

Anteontem, no entanto, a Petrobras determinou a demiss?o, por justa causa, de dois funcion?rios supostamente envolvidos no esquema. A participa??o dos outros tr?s funcion?rios est? sendo avaliada pela empresa. A Petrobras n?o revelou o nome dos funcion?rios demitidos.

Habeas corpus

O TRF (Tribunal Regional Federal) da 2? Regi?o negou na quinta-feira habeas corpus ao pai da atriz Deborah Secco, Ricardo Secco, a Ruy Castanheira e seu filho, Felipe Pereira das Neves Castanheira. Os tr?s foram presos pela Pol?cia Federal durante a Opera??o ?guas Profundas.

Segundo a decis?o do Tribunal, h? evid?ncias de autoria de crimes cometidos pelos acusados que justificam a pris?o preventiva dos tr?s.

De acordo com a den?ncia do Minist?rio P?blico Federal, aceita pela Justi?a, Ruy Castanheira atuava como operador cont?bil do esquema de fraudes da Petrobras e empregava o mesmo "modus operandi" em outro esquema, que realizava fraudes envolvendo ONGs e empresas-fantasmas.

O delegado Claudio Nogueira, que coordenou a opera??o, citou algumas empresas fantasmas que faziam parte dos esquemas: Petruscar, Intecdat, RVM, Cesta B?sica, Max Express e Cobrar Assessoria.

Tanto Ruy como Ricardo Secco n?o apareciam formalmente no comando das ONGs, mas tinham inger?ncia sobre elas, segundo a den?ncia. Secco seria o elo entre as ONGs e as empresas fantasmas ele encomendaria as notas frias a Ruy.

A PF apreendeu ainda durante a opera??o R$ 500 mil em esp?cie na casa de Felipe Pereira das Neves Castanheira, al?m de uma grande quantidade de armas em outro endere?o.

O Mi

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