Taxista de 73 anos fica ferido após ser espancado durante assalto

“Nunca me aconteceu isso na vida e eu fiquei muito sentido“, disse

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Os olhos vermelhos com hematomas roxos, a boca machucada e os braços enfaixados são sinais dos momentos de terror vividos pelo taxista João Batista Ferrarezi, conhecido como Zequinha, de 73 anos, durante um assalto em Franca (SP). Ele foi agredido por três homens que se passaram por passageiros no bairro Jardim Aeroporto. Nenhum deles foi identificado.

“Nunca me aconteceu isso na vida e eu fiquei muito sentido. Eu fiquei com muito medo. São mais de 40 anos de táxi e é a primeira vez que acontece isso. Estou sem coragem de trabalhar”, diz o idoso.

Segundo a polícia, Franca registrou oito assaltos contra taxistas em 2017. Em nota, a Polícia Militar informou que faz um patrulhamento preventivo para combater a criminalidade e que, em média, 400 motoristas e passageiros são abordados por dia na cidade.

Violência

O assalto contra o taxista de 73 anos aconteceu por volta das 8h de sábado (1º), quando ele estava no cruzamento das avenidas Brasil com Adhemar de Barros, no bairro Vila Aparecida. Zequinha afirma que voltava de uma corrida e foi parado por cinco pessoas que solicitaram duas viagens. Segundo o idoso, um casal pediu para que fosse levado até o Jardim Palestina, e de lá os outros três passageiros seguiriam até o Jardim Aeroporto.

Após desembarcar o casal, a vítima diz que foi rendida pelos três homens quando se aproximavam do destino final. Um dos suspeitos cobriu o rosto do idoso com uma blusa e o trio passou a agredi-lo. Segundo o taxista, os ladrões queriam dinheiro.

“Ele me enforcou e pediram dinheiro. Eles até pegaram um pouco de dinheiro no bolso da camisa. Depois diziam ‘quero mais, senão eu vou te matar, vou te furar’, mas não vi arma nem nada, pois eu estava com o rosto tampado.”

Segundo Zequinha, as agressões duraram cerca de dois minutos e ele recebeu muitos socos no rosto. "Eles pediam mais dinheiro, mas eu já tinha dado tudo e o celular. Não reagi, nem nada. Fiquei calmo, mas tomei muito soco na boca, no rosto e quebraram meus óculos”, afirma. Os suspeitos fugiram.

A taxista Maria Luiza Gomes, que também foi vítima de assaltantes há um mês, foi quem socorreu o idoso. “Ele chegou muito machucado, sangrando muito. Ele chegou em um estado que as pessoas tinham medo dele. Eu mesma naquele dia não consegui mais trabalhar”, diz.

Abalado e ainda sentindo dores, Zequinha não sabe se vai voltar a trabalhar. Ele revela que os filhos o aconselharam a deixar o táxi.

“Estou muito pensativo. Vou dar uma estudada direitinho no que vou fazer. Eu trabalho só durante o dia, nem trabalho à noite, mas estou com medo. Vamos ver como vai ficar”, afirma.

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