O ministro da Justi?a, Tarso Genro, disse hoje que pode ir a M?naco para acelerar a negocia??o de um acordo de reciprocidade com o objetivo de garantir a extradi??o de Salvatore Cacciola. O ex-banqueiro foi preso no s?bado (15) em M?naco pela Interpol.
"Se nossa presen?a em M?naco ajudar a acelerar a extradi??o, estamos dispostos a viajar [para l?] se necess?rio", disse Tarso.
Tarso admitiu que o governo n?o tem garantias de que v? conseguir a extradi??o do ex-banqueiro para o Brasil. Tarso afirmou que essa decis?o depende de M?naco o Brasil n?o tem um tratado de extradi??o com o principado.
"O governo tem todo interessa em liderar essa extradi??o. Far? todos os esfor?os. Faremos o poss?vel, e dentro dos limites da lei para extradit?-lo."
A primeira audi?ncia de Cacciola com a Justi?a de M?naco foi remarcada para amanh? estava prevista para hoje. Maria Laura da Rocha, ministra-conselheira da Embaixada do Brasil na Fran?a, vai acompanhar a audi?ncia.
Segundo Tarso, o Brasil espera conseguir negociar a extradi??o por meio de um acordo de reciprocidade. "Se amanh? a Justi?a mantiver [o pedido de pris?o com vias para a extradi??o], ser? sinal positivo de que a solicita??o deve ser atendida."
No final da manh? desta segunda-feira, o governo encaminhou para M?naco uma "nota verbal" pedindo para as autoridades locais a pris?o preventiva de Cacciola para fins de extradi??o. O documento foi encaminhado pela ministra-conselheira da embaixada do Brasil na Fran?a, Maria Laura Rocha.
De acordo com o secret?rio nacional de Justi?a, Tuma J?nior, o pedido tem o nome oficial de "nota verbal", mas ? um documento por escrito, no qual o governo apresenta suas raz?es para encaminhar a solicita??o de extradi??o.
Para o secret?rio-executivo do Minist?rio da Justi?a, Luiz Paulo Barreto, os argumentos do governo brasileiro dever?o ser aceitos pelas autoridades de M?naco. Segundo ele, as raz?es apresentadas pelo governo foram bem fundamentadas no documento encaminhado nesta segunda-feira ? Justi?a do principado.
"Sempre h? chances [para a extradi??o]. Estamos lutando, mas ? uma decis?o do Poder Judici?rio. Dissemos [no documento apresentado ?s autoridades de M?naco] que ? um crime de como??o p?blica, que a sociedade espera mais do que o governo", afirmou Barreto.