Há pouco mais de dois meses vivendo no interior de São Paulo, após ser beneficiada com a progressão de pena para o regime aberto, Suzane von Richthofen voltou a cursar biomedicina em uma universidade particular de Itapetininga (SP). As informações são do Portal g1/SP.
Em 2021, a Justiça concedeu a Suzane o direito de iniciar o curso em uma universidade de Taubaté (SP). Contanto, após ser beneficiada com o cumprimento da pena em liberdade, ela trancou o curso na cidade e se mudou para Angatuba (SP).
No início de 2023, a detenta transferiu o curso para a UNIFSP, em Itapetininga, a 52 quilômetros da cidade onde mora atualmente.
Imagens feitas por estudantes da instituição na quarta-feira (15) mostram Suzane em uma fila para a cantina, acompanhada de outras duas alunas.
Conforme apurado pelo g1, esta é a primeira vez que Suzane acompanha as aulas de forma presencial. Desde o começo de fevereiro, os advogados de defesa dela trabalhavam para conseguir a autorização da Justiça.
Uma colega de sala, que preferiu não se identificar, contou ao g1 que a notícia sobre a matrícula de Suzane foi comunicada há algumas semanas pela direção da faculdade.
"Foram de sala em sala e comunicaram que a Suzane frequentaria as aulas. Pediram para que os alunos compreendessem e respeitassem o direito dela como cidadã. E foi assim! Na hora, fiquei surpresa e, apesar de saber que é um direito dela, me sinto meio desconfortável", afirmou a estudante.
Apesar das imagens e da confirmação da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a Faculdade Sudoeste Paulista (UniFSP) não se manifestou sobre a matrícula de Suzane, agora aluna da instituição.
Em nota, a SAP esclareceu que, após a concessão do regime aberto, a vigilância da detenta é de responsabilidade do Poder Judiciário.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) informou que o caso de Richthofen corre em segredo de Justiça, por isso não é possível fornecer informações. A defesa dela também não se posicionou.