Suspeito diz que fez sexo com menor antes dela ser morta asfixiada

De acordo com os depoimentos dos suspeitos, Alessandra Costa, de 17 anos, tinha um caso com Bruno Valadares Cardoso, 18, que fazia parte de uma facção. Ela contou que já namorou e teve filho com um chefe de facção rival, o que resultou no tribunal do crime.

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Bruno Valadares Cardoso, de 18 anos, suspeito de participar do "tribunal do crime" que julgou Alessandra Costa, de 17 anos, disse à Polícia Civil que manteve relações sexuais com a vítima e em seguida ela foi executada por outros dois membros da facção que ele faz parte. O crime foi planejado, afirmou o suspeito à polícia. As informações são do G1.

Em depoimento, Bruno disse que iria pegar um carregador para despistar a vítima e saiu do quarto para a dupla entrar. Enquanto um imobilizou os braços de Alessandra, outro aplicou um golpe chamado mata leão (sufocamento). A vítima não conseguiu nem mesmo gritar antes de morrer, disse Bruno à polícia. Os dois ainda não foram localizados.

O corpo foi encontrado nesta sexta-feira (6) em estado avançado de decomposição na região do Anel Viário, zona Oeste de Boa Vista. O delegado Adriano Santos, responsável pelo caso, classificou o assassinato como "brutal".

Em depoimento, Bruno contou que resolveu matar Alessandra após ela confessar que já namorou e teve filho com um dos chefes da facção rival. O suspeito desconfiou que o relacionamento fosse uma armadilha para matá-lo e por isso armou o tribunal.

A irmã do Bruno, que tem 16 anos e era amiga da vítima, foi apreendida por participar da execução atraindo a vítima e ajudando na desova do corpo, informou a Civil. Também foi preso Mike André da Silva, de 20 anos. Bruno e Mike já tiveram a prisão convertida em preventiva.

Ainda de acordo com os depoimentos, os três alinharam um discurso para servir como álibis uns dos outros. A adolescente chegou, inclusive, a mentir para a mãe da vítima. No entanto, quando foi convidada a depor na delegacia, ficou nervosa, começou a chorar e disse que estava arrependida.

O crime

Em 3 de março, Alessandra foi para escola às 7h, conforme queixa prestada pela família. Bruno disse que foi buscá-la por volta de 12h. Eles foram para casa de Mike, no local também estava a adolescente que era amiga de Alessandra e irmã de Bruno.

As amigas fizeram as sobrancelhas juntas, todos almoçaram e depois Alessandra foi para o quarto acompanhada de Bruno. Enquanto isso, Mike saiu para chamar mais dois homens, contaram os três em depoimento na delegacia.

O corpo ficou escondido dentro da casa, mas após três horas começou a espalhar um cheiro forte, conforme relato da adolescente à Civil. A garota resolveu pedir um carro com carroceria emprestado a uma tia dizendo que o irmão iria receber um dinheiro.

Os três saíram para abastecer o veículo e estocar gasolina em uma garrafa. Voltaram para o local do crime e colocaram o corpo na carroceria do carro, cobriram com um pano e vários objetos foram colocados juntos para disfarçar, incluindo a cadeira de rodas de Mike.

O corpo foi desovado, o trio colocou fogo no pano que o cobria e despejou a gasolina que haviam guardado, de acordo com a Civil. Confessaram também que depois de voltarem para casa, resolveram vender o celular da vítima por R$ 240, o valor foi dividido entre os três.

Devido às condições em que o corpo foi achado, também serão realizados exames pelo Instituto Médico Legal (IML) para identificar oficialmente se o corpo é de Alessandra.

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