No Distrito Federal, duas mulheres, de 27 e 29 anos, foram presas na última quarta-feira (12) por suposta participação na aplicação de golpes de “boa noite, Cinderela”. De acordo com informações da Polícia Civil, elas seduziam homens em bares de Brasília, iam para a casa das vítimas com a promessa de praticarem sexo, e lá, colocavam sedativos na bebida.
“Elas escolhiam homens acima dos 40 anos, que ostentavam. Se aproximavam deles, e ao perceber que poderiam ter dinheiro, convidavam para sair do bar para um local mais reservado.” Segundo as investigações, Mayra Ferreira e Iraneide do Rosário, agiam sempre em dupla. "Enquanto a vítima estava desacordada, se aproveitavam para furtar objetos de valores", afirmou o delegado da 4ª DP, Johnson Kennedy.
Segundo a polícia, as mulheres agiam, principalmente, nas regiões do Guará, Taguatinga, Águas Claras e Gama. De acordo com as vítimas, a dupla roubava joias, eletrônicos, carros, bebidas e até alimentos da casa.
Duas pessoas que faziam parte do grupo estão foragidas. Daniele Luz, de 21 anos e um homem até agora não identificado. Até as 16h desta quinta-feira (13) Mayra e Iraneide seguiam presas na carceragem da Polícia Civil. Elas vão responder por associação criminosa e roubo. Se condenadas, a pena prevista é de 5 anos de prisão.
Já, sobre os foragidos, a polícia pede ajuda de possíveis vítimas para que registrem ocorrência sobre os crimes. “Na saída das mulheres do bar, uma delas simulava chamar um carro por aplicativo. O motorista era quem dava apoio na fuga”, disse o delegado. Até esta quinta-feira (13), cinco homens prestaram queixa em delegacias do DF se dizendo vítima do grupo. Um caso foi registrado em Goiás.
Fatalidade
Em um dos golpes, conforme a polícia, a vítima – um aposentado de 63 anos – acabou morrendo. O caso ocorreu na região do Gama e o crime ainda está sendo investigado. Uma das suspeitas é de superdosagem de sedativo usado para adormecer as vítimas. Nos casos relatados à polícia, alguns homens disseram ter dormido por “até um dia”. Na delegacia, uma das mulheres suspeitas confessou que o medicamento demorava de 5 a 30 minutos para fazer efeito.