O jovem de 25 anos de idade, Matheus Oliveira, nasceu com surdez em decorrência de sua mãe ter contraído rubéola durante o período da gestação. Atualmente, os dois festejam e comemoram uma grande conquista do rapaz: ele está no início do curso de medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É o primeiro ano em que a instituição de ensino disponibiliza um processo seletivo específico para pessoas com deficiência.
De escola pública
O jovem estudou em escolas públicas, exceto por um período em que frequentou a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Ele foi o primeiro aluno surdo a se matricular no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF) para se tornar técnico em química. “Abrimos um concurso para contratar duas intérpretes que davam apoio a ele. Depois disso, passamos a receber vários outros estudantes surdos – contamos com 15 profissionais para atendê-los. É insuficiente, precisamos de mais”, disse Márcia Chrysóstono, coordenadora de políticas estudantis da reitoria do IFF.
Faculdade
Matheus Oliveira diz que sua dúvida sempre foi entre Medicina e Engenharia. Em 2014, ele foi aprovado em engenharia civil na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). “ Quando fui aprovado na primeira, me decepcionei. Tinha muita greve e eu não esperava ficar sem estudar”, explica o estudante.