A polêmica que gira em torno dos mototaxistas clandestinos em Teresina já vem de muito tempo. Nesta semana, estes profissionais reivindicaram que sejam redistribuídos os 171 alvarás de condutores, que foram cassados, entre os trabalhadores que ainda atuam irregularmente na capital.
O diretor de Transporte Público da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans), Ricardo Freitas, no entanto, informou que esse processo não acontecerá de forma automática, mas por meio de processo licitatório.
Ele afirma que todo esse serviço de transporte tanto de mototaxistas como de taxistas será reavaliado e só depois disso poderá se pensar em redistribuição dos alvarás cassados. ?Faremos uma avaliação criteriosa sobre esses profissionais. A informação que temos é a que recebemos da gestão anterior, por isso precisamos nos inteirar do assunto?, disse.
Ricardo garante que essa atividade será fiscalizada e os profissionais que estão trabalhando de forma clandestina serão combatidos. ?Nós vamos fiscalizar para combater. Nós não queremos mais essa atividade irregular em Teresina. Se houver necessidade de abertura de novas vagas, nós abriremos, mas faremos isso de forma responsável, afinal poderemos inchar o mercado, colocando profissionais além do número necessário?, argumentou.
A administração pública prevê que haja um mototáxi para cada 350 habitantes, na cidade. Em Teresina, no último levantamento realizado, 2.027 profissionais renovaram sua permissão para atuar nesse mercado.
?Acreditamos que esse número já está desatualizado, pois muita coisa já aconteceu depois disso e por isso precisamos reavaliar a situação desses profissionais na capital?, reiterou diretor de Transporte Público da Strans.
Segundo o presidente da Associação dos Mototaxistas de Teresina, Luís Carlos de Abreu, existem hoje na capital mais de 600 profissionais trabalhando na ilegalidade, número que costuma, de acordo com ele, crescer nos finais de semana, quando muitos motociclistas aproveitam para ganhar uma renda extra. ?Nós não queremos que eles aumentem o número de alvarás a serem concedidos e consequentemente o número de profissionais na cidade. O que queremos é que eles redistribuam entre os irregulares os alvará cassados?, disse.
Luís Carlos informou ainda que os 171 alvarás cassados são um dado de 2011 e que esse número já pode ter, inclusive, aumentado.