STJ nega liberdade para ex-tenente acusado de matar Iarla Lima

Ministro Ribeiro Dantas, do STJ, negou o Habeas Corpus.

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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ribeiro Dantas, negou pedido de soltura para o ex-tenente do Exército José Ricardo da Silva Neto, acusado de matar a namorada Iarla Lima Barbosa no mês de junho deste ano no estacionamento de um bar na zona Leste de Teresina.

O ministro ressalta à gravidade do crime ao afirmar que José Ricardo foi "preso preventivamente por suspeita de prática de feminicídio e dupla tentativa de homicídio". Para Ribeiro Dantas, o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa é semelhante ao primeiro, que também foi negado. “Desse modo, tratando-se de mera reiteração de outro feito já deduzido nesta Corte, é o caso de não conhecimento”, argumenta.

Conforme o ministro, a prisão preventiva será mantida até que seja dada a sentença  que decide se o ex-tenente vai ou não a Júri Popular. O juiz Antônio Nolêto e o promotor Ubiraci Rocha, responsáveis pela audiência, colheram depoimento das testemunhas de defesa e acusação. 

A irmã de Iarla, que estava dentro do carro e viu todo o crime, foi a primeira a ser ouvida. Em depoimento, a jovem afirmou que Iarla já sentia vontade de terminar com o namorado. “Ele tinha muitos ciúmes, ficava monitorando todos os passos dela. No dia 19 ele foi buscar a gente no banheiro dizendo que estava se sentindo mal. Depois lá fora já foi perguntando se minha irmã achava que ele era criança porque viu ela dançando com todo mundo. Em seguida já foi disparando. Um dia antes do que ele fez eles dormiram juntos. Já na manhã de domingo minha irmã me disse que estava com vontade de terminar porque ele era muito ciumento”, afirmou ela. 

A amiga da vítima, Josiane Mesquita, que também estava no carro e foi baleada com dois tiros, relatou o mesmo fato já dito por Illana. “Eles estavam bem, saíram juntos, de mãos dadas e conversando. No carro ele foi perguntando e atirando, ela não teve chances”, disse

Bastante abalada, já que viu o acusado pela primeira vez, a mãe de Iarla, Lucinéia da Silva, voltou a pedir justiça. “Ele [acusado] falou que ele venha a ser julgado pelo Tribunal do Júri. É isso”, disse.

José Ricardo da Silva Neto, acusado de cometer o crime, se manteve de cabeça baixa e foi durante depoimento respondeu perguntas feitas pelo juiz Antônio Nolêto. Ele alegou não se lembrar do fato ocorrido na noite do crime.

O juiz agora tem 10 dias para decidir se o ex-tenente do Exército vai ou não a júri popular pelo assassinato da namorada e tentativa de homicídio contra irmã e amiga dela.

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