A Secretaria de Segurança Pública, através do Departamento de Polícia Técnico Cientifica (DPTC), está implantando no estado do Piauí, um sistema que armazena dados de elementos de munição coletados na cena de crimes. Os especialistas conseguem fazer o cruzamento de informações para descobrir a arma utilizada através dos vestígios deixados.
A ferramenta tem como principal objetivo aumentar a capacidade de identificação e vínculos entre armas de fogo utilizadas em crimes, levando a um aumento na efetividade dos exames de comparação balística, nas linhas investigativas, possibilitando maior resolução de crimes envolvendo armas de fogo.
O sistema é composto de três estações de trabalho, o bullet trax que é responsável pela captura das imagens dos projéteis, o brass trax que permite capturar as imagens dos estojos, essas imagens são enviadas para o banco de dados central em Brasília, que produz uma assinatura digital e encaminha para um servidor de correlação. Este servidor correlaciona essa nova assinatura com todas as outras que estão contidas no banco nacional de perfis balísticos e devolve esse resultado para o banco de dados central.
Esse resultado então é listado e aparece na terceira estação de trabalho, que é o Matchpoint, organizado em uma lista disposta da maior para menor nota dada pelo sistema. O perito então vai analisar as vinte primeiras correlações para verificar se houve alguma ligação, ou seja, através dessa análise ele consegue identificar se algum daqueles projéteis ou estojos listados é compatível com o que acabou de ser inserido
De acordo com o perito criminal, Danilo Amorim Araújo, o sistema é inovador para todo o país, já, que alguns estados ainda nem receberam a sua central. “No Piauí ainda estamos no início da formação do banco de dados, mas já temos resultados positivos na ligação entre casos. Essas ligações estão sendo reportadas diretamente para quem está à frente da investigação de cada caso”. explicou o Perito.