O exército britânico fez história recentemente por oficializar a primeira mulher a servir em sua linha de frente. Chloe Allen entrou para as Guardas Escocesas em 2012 e, como se não bastasse, a inclusiva abertura do exército se afirma em mais um pequeno detalhe: até pouco tempo atrás Chloe era um homem chamado Ben Allen. A primeira mulher na linha de frente do exército britânico é, portanto, transgênero.
Chloe adentrou à instituição ainda oficialmente como homem, mas desde muito pequena experimentava com outra identidade de gênero. No mês passado ela começou um tratamento hormonal, e mudou oficialmente de nome – inclusive em seus registros militares. O exército afirmou estar “muito feliz” de ter enfim uma mulher em posição de combate corpo a corpo.
A surpresa, para Chloe, foi total – ela acreditava que teria de deixar seu posto depois que revelasse sua nova identidade. O alívio e a alegria foram, portanto, duplos: não só por poder enfim falar abertamente sobre sua situação, como também por manter o trabalho que ama.
“É fenomenal, é magnífico…dizer tudo o que eu sempre quis dizer e ainda servir na infantaria”, afirmou. “As Forças Armadas estão provando ser uma organização inclusiva onde todo mundo é bem vindo e pode crescer”, afirmou uma autoridade militar. Se as guerras não costumam revelar nosso pior, nesse caso, ao menos, o exército britânico se oferece como um exemplo inspirador.