Sobrevivente de queda de viaduto já escapou de tragédia com coletivo

Maria Nilza Loiola estava no ônibus atingido pelo estrutura no última dia 3

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Uma mulher que sobreviveu a duas tragédias com ônibus em Belo Horizonte diz que tem sido discriminada e virou alvo de piadas. Segundo Maria Nilza Loiola, muitas pessoas se recusam a entrar nos mesmos coletivos que ela.

Maria Nilza Loiola estava no ônibus da linha 70 que foi atingido por um viaduto nesta quinta-feira (3) na avenida Pedro 1º, na altura do bairro São João Batista, na região de Venda Nova. O acidente deixou duas pessoas mortas e feriu 23. A mulher relembra os momentos de terror.

? Eu levantei a cabeça e quando eu vi estava caindo. Eu falei "vai bater". Ela [motorista] começou a freiar e o pessoal começou a gritar.

Há 15 anos, ela passou por uma situação também desesperadora quando estava em um coletivo da linha 1505 lotado. O ônibus caiu dentro do Ribeirão Arrudas depois do motorista avançar um semáforo da rua dos Tupinambás no cruzamento com avenida dos Andradas e bater em outro veículo. Naquele dia nove pessoas morreram e outras 63 ficaram feridas - entre elas, Maria Nilza.

Passar por estes dois acidentes deixou marcas físicas e, principalmente, psicológicas na mulher.

? Na época [há 15 anos] eu fiquei sonhando e escutando as pessoas pedindo socorro. Todos os acidentes foram horríveis. Eu sofri e estou sofrendo muito. Agora toda hora tem alguém brincando, me perguntando, ou até mesmo apontando para mim. Às vezes estou em um momento alegre e uma pessoa me lembra. Acabo ficando triste de novo.

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