A onda de assaltos aos coletivos de Teresina continua. De janeiro até agora, a capital já registrou 38 assaltos dentro desses transportes, afirma Fernando Feijão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro).
Após ameaça de paralisação na semana passada, o secretário de Segurança, Fábio Abreu, ordenou ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) até a quinta-feira, 5 de março, o envio de uma resposta sobre a viabilidade financeira de instalação dos dispositivos de emergência, o Botão do Pânico, que já funciona em táxis da capital.
No entanto, até o fechamento desta edição (sexta-feira, 06) a resposta não chegou. O presidente do Sintetro repassou ao JMN a informação de que a solução do SETUT deve ser posta na terça-feira (10). “Acredito que não passe disso. Caso o Botão do Pânico não seja instalado, a gente vai ter que tomar outras medidas, porque um compromisso foi feito com o secretário de Segurança”, disse Feijão.
No ramo de medidas para coibir a prática de crimes no transporte público, além do Botão do Pânico, o secretário também discorreu sobre a viabilidade da realização de blitz de segurança nos coletivos. Como nada foi garantido, os passageiros e empregados do transporte público de Teresina continuam sendo alvos de uma abusiva criminalidade.
O último registro ocorreu na tarde da quinta-feira (5), às 15h30, quando dois assaltantes armados entraram no ônibus linha T-831 Terminal Parque Piauí via Shopping e cometeram o ato criminoso.
Fernando Feijão falou que o horário foi atípico e o coletivo era equipado com câmeras de segurança. A ação foi repleta de ameaças, desvios de rota do ônibus e confusão. Foi o segundo assalto do motorista da linha, que resolveu pedir férias para se recuperar.
“Um assalto nesse horário poderia, se tivesse uma viatura próxima, ser evitado. O pessoal registrou o Boletim de Ocorrência (BO), mas fica algo muito vago”, disse o presidente do Sindicato.
O Botão do Pânico para ônibus é uma tecnologia já difundida ao redor do mundo que permite ao motorista alertar uma central de operações sobre um ato de violência que esteja ocorrendo em seu ônibus, permitindo a rápida intervenção da polícia em um próximo terminal de embarque e desembarque.
Por meio de nota, o SETUT reforça que a ação preventiva da polícia é essencial e a melhor alternativa para garantir segurança aos colaboradores do transporte e a população. “A entidade segue estudando medidas para contribuir com a segurança pública, responsável pela atuação no setor”, informa.