Viaturas do Corpo de Bombeiro atravessaram a madrugada deste sábado fazendo rescaldo do incêndio que atingiu o Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo, na tarde de sexta-feira. Vinte e quatro membros da corporação e um brigadista tiveram que ser encaminhados para o Hospital das Clínicas por inalação de fumaça.
Segundo declaração do major do Corpo de Bombeiros Wagner Lechner neste sábado, cinco pessoas continuavam internadas no Hospital das Clínicas, sendo duas em estado grave, porém, estável.
No final da manhã, o Corpo de Bombeiros já havia finalizado o trabalho de rescaldo. Equipes continuavam no local apenas para ventilar o prédio, eliminando a fumaça que ainda restava no local.
Incêndio
As chamas começaram por volta das 15h. Por volta das 20h10, o fogo havia sido controlado.
Em entrevista durante o dia, o major da Polícia Militar Mauro Lopes explicou que bombeiros ficaram feridos foram vitimados por um fenômeno chamado flashover. "Tivemos o flashover, que, por vezes dá para se prever, mas nesse caso não foi possível. Ele acontece quando você tem um ambiente pegando fogo, pouco oxigênio, calor e carga para se queimar, então a queima é lenta lá dentro. Quando você abre esse ambiente, há a entrada de mais oxigênio, então há o flashover", disse. Segundo ele, o fogo atingiu ao menos 50% do auditório.
A assessoria de imprensa do Memorial da América Latina informou que o fogo foi causado por um curto-circuito do Auditório Simón Bolívar. Grande parte do forro da plateia B do auditório teria sido comprometida.