Subiu para 1.297 o número de mortes após o forte terremoto de sábado no Haiti, segundo atualização das autoridades feita na noite deste domingo (15). O número de feridos passa de 2.800.
Segundo o chefe da agência de proteção civil, Jerry Chandler, a situação é mais grave no sul do país, onde mais de 500 pessoas morreram. O terremoto destruiu 2.868 edificações e danificou 5.410, disseram ainda as autoridades. A situação deixou no limite os hospitais e os danos bloquearam estradas por onde são transportados suprimentos vitais para as vítimas.
O novo terremoto de magnitude 5,9 que atingiu hoje o país foi notificado pelo o Centro Sismológico Europeu do Mediterrâneo (EMSC, na sigla em inglês). O tremor aconteceu a uma profundidade de 8 km (4,97 milhas), disse a EMSC.
Segundo a agência de notícias France Presse, outras 2.800 pessoas ficaram feridas. Neste domingo, máquinas pesadas, caminhões e retroescavadeiras trabalhavam para limpar os escombros na cidade de Les Cayes, perto do epicentro do terremoto, a cerca de 160 km da capital haitiana, Porto Príncipe.
No sábado (14), mais de 300 pessoas morreram e centenas ficaram desaparecidas após um terremoto de magnitude 7,2. As cidades de Cayes e Jérémie, no sudoeste da ilha, foram as mais atingidas.
O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, decretou estado de emergência por 30 dias. Henry lamentou as mortes e disse, em nota, que já mobilizou recursos do governo para dar apoio às vítimas.
"Meus sentimentos aos parentes das vítimas deste sismo que gerou tantas perdas de vidas humanas e materiais em vários departamentos [equivalente a estados] do país", escreveu Henry. "Faço um apelo ao espírito de solidariedade e compromisso de todos os haitianos, a fim de nos unirmos para enfrentar esta situação dramática que vivemos", seguiu o mandatário. "A união faz a força."